quinta-feira, 4 de novembro de 2010

DF alerta sobre casos de sarampo e diz que 8.000 crianças estão com carteira de vacinação desatualizada

Vacina é o único meio de se proteger contra a doença.
site - R7

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal fez um alerta sobre os casos de sarampo na região. A doença não é registrada no local desde 2000, mas a confirmação de casos em três Estados (Rio Grande do Sul, Paraíba e Pará) provoca preocupação.

De acordo com o órgão, é preciso que 95% da população esteja protegida da doença por meio de vacina – esse índice atualmente é de 90% e a estimativa é de que ao menos 8.000 crianças estejam com a carteira de vacinação desatualizada.

Ana Luiza Grisoto, gerente de Vigilância Epidemiológica e Imunização da secretaria, “os profissionais de saúde e os pais devem ficar atentos e verificar o cartão de vacinas de todas as crianças menores de seis anos”. A vacinação, oferecida gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), é a única maneira eficaz de prevenção contra a doença.

A primeira dose da tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) deve ser aplicada quando a criança completa um ano de idade e o reforço deve ser dado entre os quatro e seis anos.

Ao todo, o Brasil já registrou 44 casos de sarampo em 2010. Três no Rio Grande do Sul, três no Pará e 38 na Paraíba. Em todos, os pacientes contraíram a doença em outros países ou em contato com infectados, os chamados casos importados.

O sarampo é uma doença contagiosa que se propaga no ar por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Os primeiros sintomas são: febre, tosse, catarro, conjuntivite e fotofobia (intolerância à luz). Depois, ocorre prostração (falta de energia e abatimento extremo) e o aparecimento de manchas avermelhadas na pele.

Solução alcoólica será obrigatória em Estabelecimentos de Saúde: RDC 42


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Em 60 dias, todos os serviços de saúde brasileiros (como hospitais, clínicas e consultórios) deverão possuir preparação alcoólica para a fricção antisséptica das mãos dos profissionais de saúde que lidam com o paciente. Todos os pontos de assistência ao paciente, como, por exemplo, UTI, salas de triagem, ambulatórios, serviços de atendimento móvel e unidades de urgência e emergência, deverão ter a preparação à disposição dos profissionais, em local visível e de fácil acesso.









O produto deverá estar à beira dos leitos dos pacientes, para evitar que o profissional precise sair do local para higienizar as mãos. A medida consta da Resolução RDC 42, publicada, no dia 26 de outubro de 2010, no Diário Oficial da União.

Líquido ou gel?

Nas preparações alcoólicas em formulação líquida, a concentração de álcool na fórmula poderá variar de 60% a 80%. Já nas formulações em gel, espuma e outras, a concentração mínima do álcool deve ser de 70%, com atividade bacteriana comprovada por testes de laboratório específicos.

Nas duas formas de apresentação, recomenda-se o uso de emolientes na fórmula, para evitar o ressecamento da pele.

No entanto, segundo a resolução, o uso de preparação alcoólica não é indicado quando as mãos tiverem sujidade visível. Nesse caso, é preciso fazer a higienização com água e sabonete antes de se utilizar o produto.

Os produtos industriais adquiridos no comércio devem ser registrados na Anvisa. Já os manipulados em farmácias devem seguir as exigências da Resolução RDC nº. 67/07, que dispõe sobre as Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais.




Desafios e Estratégia em Educação no Brasil

brazil adult education 2006 Alfabetização de adultos no Brasil

© UNESCO
Semana de Ação Global de Educação para Todos no Brasil

Brasil tem como objetivo de desenvolvimento garantido pelo Estado o direito fundamental à educação de qualidade ao longo da vida a todos os brasileiros. Mas a qualidade e a igualdade continuam sendo desafios cruciais a serem enfrentados no Brasil, uma vez que ambos são essenciais para atender às necessidades do país e para a construção de uma sociedade de conhecimento.

As pesquisas mostram que grande parcela dos alunos de diferentes níveis educacionais apresenta deficiências em disciplinas críticas. A baixa absorção de conceitos científicos prejudica a inclusão desses indivíduos na sociedade moderna. A UNESCO oferece apoio técnico e conhecimentos especializados para tratar das questões educacionais do contexto brasileiro.

A UNESCO identificou os seguintes desafios educacionais para construir suas estratégias de contribuição ao país nos esforços para alcançar seu objetivo de desenvolvimento:

  1. Distância observada entre os preceitos e as metas definidos na legislação educacional nacional e nos compromissos internacionais e a realidade nacional mostrada pelos indicadores educacionais.
  2. Participação limitada da sociedade civil em defesa do direito à educação.
  3. Desigualdades nas condições de acesso à educação e nos resultados educacionais das crianças, jovens e adultos brasileiros, penalizando especialmente alguns estratos étnico-raciais, a população mais pobre e do campo e os jovens e adultos que não concluíram a educação compulsória na idade adequada.
  4. Insuficiência na qualidade educacional, incluindo gestão dos sistemas e das escolas, currículos e propostas pedagógicas, valorização, formação e condições de trabalho dos profissionais da educação.

Já se encontra disponível na Internet um novo site sobre o Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O website, criado pelo Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) em uma parceria como o Laboratório de Direitos Humanos da Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com eventuais colaborações do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, fornece as principais informações sobre o Conselho de Segurança da ONU.

Na página, os usuários encontram informações atualizadas sobre as funções e atribuições do Conselho, resoluções, agenda das reuniões, quem são os membros permanentes e os não-permanentes, e notícias sobre o que está sendo discutido no âmbito do Conselho. O site também destaca a atuação do Brasil no organismo internacional, do qual é um dos dez membros não-permanentes, cargo que assumiu para o biênio 2010/2011. As intervenções do Brasil no Conselho encontram-se disponibilizadas na página e lá os usuários poderão conhecer melhor a posição brasileira em assuntos relacionados à manutenção da paz global.

Esta é a única fonte de informações sobre o assunto disponível em português – sétimo idioma mais falado no planeta – e pretende atingir os 240 milhões de pessoas que falam a língua e que vivem basicamente em oito países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

“Este novo projeto permitirá, pela primeira vez, a toda a comunidade de língua portuguesa ter acesso a informações atualizadas em português sobre o histórico, missão, estrutura e, mais importante ainda, o trabalho realizado diariamente pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas na procura pela paz e segurança internacionais”, afirma Giancarlo Summa, Diretor do UNIC Rio de Janeiro. (FONTE: UNIC-Rio)

http://www.brasil-cs-onu.org.br/

DIRETO DO TWITTER - 3ª EDIÇÃO

Claudia Costin
RT @: Dados sobre o Negro e o Amazonas no link:


Claudia Costin
Saindo da Secretaria. Hoje dia intenso. Visita a escolas, reunião com escolas de baixo IDEB e decisões sobre turno estendido e aceleração.

imaculada con marins
RT @ Desafio para Dilma: reduzir as aviltantes desigualdades


canalfutura
Quem diria que as abelhas seriam tão boas professoras? Confira o novo episódio da série !


VEJA
Produção nacional de gás bate recorde em setembro


Claudia Costin
RT @: Violência no México fez mais de dez mil mortos apenas em 2010, segundo jornal

Claudia Costin
RT @: A Pedra do Arpoador estah limpa novamente. O morador que denunciou a pichacao, nos ajudou a limpar. Viva!!

Portal Educação
by MMarilene
Curso Online de Como Montar um Blog Promoção de novembro (curso de línguas)



Cuidados básicos e primeiros socorros salvam vidas em acidentes dentro de casa

Queda de idosos, bebês engasgados, queimaduras em crianças e infarto. Acidentes como esses são muitos comuns dentro de casa. Quando eles acontecem, o recomendável é manter a calma e ligar rapidamente para um serviço de emergência.

No entanto, alguns cuidados básicos podem evitar que esses acidentes ocorram. Quando isso não for possível, medidas de primeiros socorros são essenciais para aumentar as chances de vida dos pacientes. O R7 consultou especialistas na área e mostra a seguir algumas dicas para que você saiba o que fazer em uma situação de emergência em casa.

Segundo Antonio Onimaru, médico de emergência do GRAU (Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências), do Corpo de Bombeiros de São Paulo, o acidente que mais tem solicitado os serviços de emergência são as quedas de idosos. Números da Secretaria Estadual de Saúde mostram que, entre 2000 e 2008, as mortes de idosos causadas por quedas cresceram cinco vezes em São Paulo.

- A queda é um dos acidentes mais complicados, que exigem mais demanda do resgate dos bombeiros.

Algumas medidas simples, no entanto, podem prevenir que essas esses acidentes ocorram. As mais básicas, segundo Onimaru, são: instalar piso antiderrapante e corrimão dentro de banheiros e não colocar móveis nos locais de circulação.

Além dos idosos, outro grupo que sofre muitos acidentes caseiros são as crianças. De acordo com o cirurgião geral e chefe do pronto-socorro do hospital Edmundo Vasconcelos, Pedro Ivo Monteiro Pacheco, os pequenos geralmente se envolvem em acidentes com queimaduras e ingestão de produtos tóxicos, principalmente os utilizados na limpeza da casa.

Se uma criança se queimar, a única recomendação é colocar o local do ferimento debaixo de água corrente. Não coloque gelo, pasta de dente ou pó de café. Apenas a água na temperatura normal será capaz de impedir que o ferimento se agrave.

Já quando uma criança ingere um produto químico, como os de limpeza, o certo a fazer é levar para o pronto socorro. Segundo Onimaru, não se pode dar água para beber nesses casos. Como muitos produtos são de origem caustica, o médico afirma que o contato com a água gera uma reação que causa queimaduras nas mucosas da boca e da língua da criança.

- Não dê nada para ingerir, nem leite.

Pacheco alerta ainda que não se deve fazer a criança vomitar.

- Isso provoca o trauma duas vezes, o que pode piorar o quadro.


OBJETVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO

Erradicar a extrema pobreza e a fome Saiba mais
O número de pessoas em países em desenvolvimento vivendo com menos de um dólar ao dia caiu para 980 milhões em 2004, contra 1,25 bilhão em 1990. A proporção foi reduzida, mas os benefícios do crescimento econômico foram desiguais entre os países e entre regiões dentro destes países. As maiores desigualdades estão na América Latina, Caribe e África Subsaariana. Se o ritmo de progresso atual continuar, o primeiro objetivo não será cumprido: em 2015 ainda haverá 30 milhões de crianças abaixo do peso no sul da Ásia e na África.

Atingir o ensino básico universal Saiba mais
Houve progressos no aumento do número de crianças frequentando as escolas nos países em desenvolvimento. As matrículas no ensino básico cresceram de 80% em 1991 para 88% em 2005. Mesmo assim, mais de 100 milhões de crianças em idade escolar continuam fora da escola. A maioria são meninas que vivem no sul da Ásia e na África Subsaariana. Na América Latina e no Caribe, segundo o Unicef, crianças fora da escola somam 4,1 milhões.

Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres Saiba mais
A desigualdade de gênero começa cedo e deixa as mulheres em desvantagem para o resto da vida. Nestes últimos sete anos, a participação feminina em trabalhos remunerados não-agrícolas cresceu pouco. Os maiores ganhos foram no sul e no oeste da Ásia e na Oceânia. No norte da África a melhora foi insignificante: Um em cinco trabalhadores nestas regiões é do sexo feminino e a proporção não muda há 15 anos.

Reduzir a mortalidade na infância Saiba mais
As taxas de mortalidade de bebês e crianças até cinco anos caíram em todo o mundo, mas o progresso foi desigual. Quase11 milhões de crianças ao redor do mundo ainda morrem todos os anos antes de completar cinco anos. A maioria por doenças evitáveis ou tratáveis: doenças respiratórias, diarréia, sarampo e malária. A mortalidade infantil é maior em países que têm serviços básicos de saúde precários.

Melhorar a saúde materna Saiba mais
Complicações na gravidez ou no parto matam mais de meio milhão de mulheres por ano e cerca de 10 milhões ficam com seqüelas. Uma em cada 16 mulheres morre durante o parto na África Subsaariana. O risco é de uma para cada 3,800 em países industrializados. Existem sinais de progresso mesmo em áreas mais críticas, com mais mulheres em idade reprodutiva ganhando acesso a cuidados pré-natais e pós-natais prestados por profissionais de saúde. Os maiores progressos verificados são em países de renda média, como o Brasil.

Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças Saiba mais
Todos os dias 6,8 mil pessoas são infectadas pelo vírus HIV e 5.,7 mil morrem em conseqüência da Aids - a maioria por falta de prevenção e tratamento. O número de novas infeccções vem diminuindo, mas o número de pessoas que vivem com a doença continua a aumentar junto com o aumento da população mundial e da maior expectativa de vida dos soropositivos. Houve avanços importantes e o monitoramento progrediu. Mesmo assim, só 28% do número estimado de pessoas que necessitam de tratamento o recebem. A malária mata um milhão de pessoas por ano, principalmente na África. Dois milhões morrem de tuberculose por ano em todo o mundo.

Garantir a sustentabilidade ambiental Saiba mais
A proporção de áreas protegidas em todo o mundo tem aumentado sistematicamente. A soma das áreas protegidas na terra e no mar já é de 20 milhões de km² (dados de 2006). O A meta de reduzir em 50% o número de pessoas sem acesso à água potável deve ser cumprida, mas a de melhorar condições em favelas e bairros pobres está progredindo lentamente.

Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento Saiba mais
Os países pobres pagam a cada dia o equivalente a US$ 100 milhões em serviço da dívida para os países ricos. Parcerias para resolver o problema da dívida, para ampliar ajuda humanitária, tornar o comércio internacional mais justo, baratear o preço de remédios, ampliar mercado de trabalho para jovens e democratizar o uso da internet, são algumas das metas.

Nova York, 04/11/2010 Brasil sobe quatro posições no novo IDH; avanço é o mais expressivo de 2009 a 2010

Reformulado, Índice de Desenvolvimento Humano usa Renda Nacional Bruta em vez de PIB e apresenta novos indicadores sobre educação

O Brasil subiu quatro posições de 2009 para 2010 e ficou em 73º no ranking de 169 nações e territórios da nova versão do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que passou por uma das maiores reformulações desde que foi criado, há 20 anos. O índice brasileiro, de 0,699, situa o país entre os de alto desenvolvimento humano, é maior que a média mundial (0,624) e parecido com o do conjunto dos países da América Latina e Caribe (0,704), de acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano. O documento, intitulado A verdadeira riqueza das nações: caminhos para o desenvolvimento humano, foi divulgado nesta quinta-feira em Nova York.

Em razão da mudança de metodologia, não se pode comparar o novo IDH com os índices divulgados em relatórios anteriores. Mas seguindo a nova metodologia, em comparação com os dados recalculados para 2009, o IDH do Brasil mostra uma evolução de quatro posições.

A lista é encabeçada pela Noruega (0,938), seguida de Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos e Irlanda. A última posição é ocupada por Zimbábue (0,140), superado por República Democrática do Congo, Níger, Burundi e Moçambique. O Brasil está logo acima de Geórgia (74º), Venezuela (75º), Armênia (76º) e Equador (77º), e abaixo de Ilhas Maurício (72º), Macedônia (71º), Irã (70º), Ucrânia (69º) e Bósnia-Herzegóvina (68º).

O índice manteve suas características principais — varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento humano) e engloba três aspectos essenciais do desenvolvimento humano: conhecimento (medido por indicadores de educação), saúde (medida pela longevidade) e padrão de vida digno (medido pela renda). Assim, conserva a premissa que norteou sua criação em 1990: o progresso deve ser mensurado não apenas pelo crescimento econômico, mas também por conquistas em saúde e educação.

Para o 20º aniversário da publicação, foram introduzidas mudanças nos indicadores de renda e educação e no cálculo final (leia mais abaixo o texto “As mudanças na metodologia do IDH”). A reformulação resultou em aprimoramento, mas implicou uma redução no número de países e territórios abrangidos: 15 (incluindo Cuba, Omã e Líbano) saíram da lista por não disporem de informações verificáveis para pelo menos um dos quatro indicadores usados no índice.

Dos três subíndices que compõem o IDH, apenas o de longevidade não passou por alterações: continua sendo medido pela expectativa de vida ao nascer. No subíndice de renda, o PIB (Produto Interno Bruto) per capita foi substituído pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, que contabiliza a renda conquistada pelos residentes de um país, incluindo fluxos internacionais, como remessas vindas do exterior e ajuda internacional, e excluindo a renda gerada no país, mas repatriada ao exterior. Ou seja, a RNB traz um retrato mais preciso do bem-estar econômico das pessoas de um país. No subíndice de educação, houve mudanças nos dois indicadores. Sai a taxa de analfabetismo, entra a média de anos de estudo da população adulta; para averiguar as condições da população em idade escolar, em vez da taxa bruta de matrícula passa a ser usado o número esperado de anos de estudos.

Evolução recente

Esta não é a primeira vez que o IDH passa por mudanças — a disponibilidade de novos dados e as sugestões de alguns críticos fizeram com que o índice se adaptasse ao longo das últimas duas décadas. Porém, a fim de possibilitar que sejam verificadas tendências no desenvolvimento humano, a equipe responsável pelo relatório usou a nova metodologia não só para calcular o IDH de 2010, mas também o de 2009 e de outros seis anos de referência: 1980, 1985, 1990, 1995, 2000 e 2005. Para o Brasil, há dados completos desde 2000.

Desde aquele ano, o IDH brasileiro teve um ganho de 7,6% (73ª maior variação numa lista de 137 países). O progresso foi mais rápido que o latino-americano (6,6%) e mais lento que o global (9,3%). De 2005 para cá, a alta foi de 3,1% (92º mais veloz em uma lista de 169 países e territórios). De 2009 para 2010, o aumento foi de 0,8%, o 53º mais elevado entre 169 países. Com isso, o Brasil subiu quatro posições desde o ano passado, a maior alta mundial — apenas França, Irã, Indonésia, Iêmen e Nepal chegaram perto disso (avançaram duas posições).

Na última década, a expectativa de vida dos brasileiros aumentou 2,7 anos, a média de escolaridade cresceu 1,7 ano e os anos de escolaridade esperada recuaram em 0,8 ano. A renda nacional bruta teve alta de 27% no período.

Em comparação com países que estavam em nível semelhante de desenvolvimento em 2000 — os quatro logo acima e os quatro logo abaixo no ranking do IDH —, o Brasil saiu-se como um dos melhores. Se há dez anos era o quinto nesse grupo de nove nações, agora é o terceiro. O grande salto, porém, foi da Ucrânia, que registrava índice semelhante ao brasileiro em 2000, e em 2010 é o país com maior IDH desse conjunto.

As alterações foram pequenas para os países da América Latina ao longo da última década. Chile, Argentina e Uruguai mantêm-se no topo do IDH desse grupo, seguido de México e Peru. Bolívia e Paraguai ainda registram os índices mais baixos. Nas posições intermediárias, estiveram Colômbia, que acelerou menos entre 2000 e 2010, Equador, Venezuela e Brasil. O indicador brasileiro era o sexto no início do período, chegou a ser superado pelo venezuelano em 2009, mas neste ano voltou à sexta colocação.

As mudanças na metodologia do IDH

Os pilares do IDH não foram alterados: o índice varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior) e engloba três dimensões fundamentais do desenvolvimento humano: conhecimento (mensurado por indicadores de educação), saúde (medida pela longevidade) e padrão de vida digno (medido pela renda). Mas houve modificação em alguns indicadores e no cálculo final do índice.

Subíndice de longevidade

Não mudou: continua sendo medido pela expectativa de vida ao nascer.

Subíndice de educação

É o único que engloba dois indicadores, e ambos foram alterados. Sai a taxa de alfabetização, entra a média de anos de estudo da população adulta (25 anos ou mais). Para averiguar as condições da população em idade escolar, em vez de taxa bruta de matrícula passa a ser usado o número esperado de anos de estudos (expectativa de vida escolar, ou tempo que uma criança ficará matriculada, se os padrões atuais se mantiverem ao longo de sua vida escolar). Essas alterações foram feitas porque alguns países, sobretudo os do topo do IDH, haviam atingido níveis elevados de matrícula bruta e alfabetização — assim, esses indicadores vinham perdendo a capacidade de diferenciar o desempenho dessas nações. Na avaliação do Relatório de Desenvolvimento Humano, as novas variáveis captam melhor o conceito de educação e permitem distinguir com mais precisão a situação dos países. No entanto, assim como os indicadores anteriores, não consideram a qualidade da educação. No método antigo, a taxa de analfabetismo tinha peso 2 nesse subíndice, e a taxa de matrícula, peso 1. Agora, os dois novos indicadores têm peso semelhante.

Subíndice de renda

O PIB (Produto Interno Bruto) per capita foi substituído pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, que abrange os mesmos fatores que o PIB, mas também leva em conta recursos enviados ou recebidos do exterior — é uma maneira de captar melhor as remessas vindas de imigrantes, excluir da conta o envio de lucro para o exterior das empresas e computar a verba de ajuda humanitária recebida pelo país, por exemplo. Assim como na versão anterior usava-se o logaritmo natural do PIB per capita, agora usa-se o logaritmo natural da renda. Também foi mantido o modo como os valores são expressos: em dólar corrigido pela paridade do poder de compra (PPC), que leva em conta a variação do custo de vida entre os países.

Normalização dos subíndices

Para poder comparar indicadores diferentes (a renda é expressa em dólares, a expectativa em anos, por exemplo), cada subíndice é transformado numa escala de 0 a 1. Por isso, estabelece-se um valor máximo e mínimo para cada indicador. Até o relatório do ano passado, os níveis máximos eram fixados pelo próprio RDH; neste, foram usados os valores máximos verificados na série de dados (desde 1980). Com isso elimina-se a arbitrariedade na escolha desses níveis máximos e mínimos.

Atualização dos dados

Até o ano passado, o IDH sempre trabalhava com indicadores de dois anos anteriores à publicação do relatório. O RDH 2009, portanto, trazia um IDH que refletia a situação de 2007. No RDH 2010, são usados alguns valores e projeções do próprio ano de 2010. Há dados disponíveis para este ano referentes à expectativa de vida e à média de anos de estudo. Para a renda nacional bruta, foram feitas estimativas aplicando-se os dados mais recentes do Banco Mundial às projeções de crescimento feitas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). No número de anos esperados de escolaridade, foi utilizado o dado mais recente disponível.

Cálculo

Até a edição de 2009, o IDH era calculado como a média simples dos três subíndices (somava-se os três e dividia-se o resultado por três). A partir deste relatório, recorre-se à média geométrica: multiplicam-se os três subíndices e calcula-se a raiz cúbica do resultado (um número que, multiplicado três vezes por ele mesmo, é igual ao resultado da multiplicação). Antes, um desempenho baixo em uma dimensão poderia ser diretamente compensado por um desempenho melhor em outra. Com o novo cálculo, essa compensação perde força — um valor ruim em um dos subíndices tem impacto maior em todo o índice. Além disso, a metodologia permite que 1% de queda na expectativa de vida, por exemplo, tenha o mesmo impacto que 1% de queda na renda ou na educação.

Nível de desenvolvimento humano

O Relatório de Desenvolvimento Humano deixa de classificar o nível de desenvolvimento de acordo com valores fixos e passa a utilizar uma classificação relativa. A lista de países é dividida em quatro partes semelhantes. Os 25% com maior IDH são os de desenvolvimento humano muito alto, o quartil seguinte representa os de alto desenvolvimento, o terceiro grupo é o de médio e os 25% piores, os de baixo desenvolvimento humano.





Painéis “Guerra e Paz”, de Portinari, serão expostos no Rio de Janeiro

Painéis “Guerra e Paz”, de Portinari, serão expostos no Rio de Janeiro

Inclusão de deficientes visuais em escolas ainda é desafio

Apesar de o número de alunos ter triplicado, ainda é preciso superar dificuldades de acesso para garantir frequência no ensino

Priscilla Borges, iG Brasília | 02/11/2010 07:00

Ivan Siqueira Reis, 31 anos, está reaprendendo a viver há dez anos. Apesar de já ter passado um terço da vida com problema de visão, ele se lembra bem de como o mundo é mais fácil para quem enxerga. Pegar ônibus, se locomover entre as salas de aula, ter acesso a materiais didáticos. Para o aluno do 2º semestre de letras-japonês da Universidade de Brasília (UnB), tudo o que faz parte da rotina de qualquer estudante é precário.

Na UnB, Ivan pede ajuda para circular pelo corredor em busca das salas de aula, não esbarrar nas pessoas ou não tropeçar nas calçadas. Ele ainda não tem muita mobilidade para se locomover sozinho, mesmo usando bengala. Os prédios também carecem de melhor estrutura, como rampas de acesso, sinalizadores tácteis nas portas e a numeração das salas em Braille (sistema de linguagem táctil para cegos), por exemplo. “Eu brinco com todo mundo: é melhor continuar enxergando direitinho”, diz.

O estudante conta com a ajuda de um programa que dá apoio a pessoas com necessidades especiais na universidade para driblar os problemas. O projeto oferece tutores, material impresso em Braille ou sonoro e um laboratório de apoio aos deficientes, que possui equipamentos adaptados. Aos poucos, ele conta que os professores também vão se acostumando com a presença - e as necessidades - dele em sala de aula. "Os professores mudaram a forma de ensinar a língua por minha causa", conta.

Ivan, que perdeu a visão em decorrência de um tumor no cérebro, ainda é minoria nos ambientes escolares. Na educação básica, os 68 mil deficientes visuais representam apenas 0,13% dos 52,6 milhões de alunos matriculados em escolas públicas e particulares do País. No ensino superior, o contingente de 5,2 mil deficientes visuais simboliza somente 0,09% dos 5,8 milhões de universitários, segundo o Censo da Educação Superior de 2008.

As estatísticas oficiais sobre os deficientes visuais do País mostram que muitos estão de fora desse universo. De acordo com o Censo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000, último dado oficial sobre essa população no Brasil, 16,6 milhões de brasileiros possuíam algum tipo de deficiência visual e 150 mil eram cegos. Em 2003, apenas 25 mil estudavam. O número triplicou em 2009, mas ainda falta muito para garantir que todas as crianças, jovens e adultos que não enxergam estejam incluídos nas redes de ensino do País.

“Há um conjunto de ações, de políticas públicas, que têm impulsionado esse processo de inclusão. Historicamente, as pessoas com deficiência estiveram à margem da sociedade por falta de políticas para elas. O Estado se eximiu da responsabilidade e repassou dinheiro a organizações não-governamentais para que elas assumissem um papel que era do Estado”, afirma Martinha Clarete Dutra, diretora de Políticas de Educação Especial do Ministério da Educação.

Martinha, que também é deficiente visual, ressalta que as pessoas que têm esse problema só precisam de recursos materiais para aprender como os outros alunos. “O conteúdo, o currículo e o conhecimento transmitidos não são distintos. Só a forma de apresentá-los. O material que eles precisam é diferente”, diz.

Políticas adotadas pelo MEC para garantir inclusão
Investimento em formação docente
Adequação arquitetônica dos prédios escolares
Salas de recursos
Livros didáticos

Inclusão

Nas universidades, a presença de estudantes cegos ou com baixa visão aumentou 475% de 2003 a 2008. Naquele ano, havia apenas 920 alunos nas instituições de ensino superior brasileiras. Agora, há 5,2 mil. Nas escolas, o crescimento do número de alunos com cegueira matriculados nas redes foi de 129% em escolas comuns e de 84% no caso dos estudantes com baixa visão. Em 2004, 2,2 mil cegos estudavam em colégios regulares e, em 2009, 5 mil. No mesmo período, o número de alunos com baixa visão nas classes comuns saltou de 30,8 mil para 56,6 mil.

Ao passo que a matrícula de deficientes visuais cresce nas escolas regulares, diminui nas especiais. Para o Ministério da Educação e as secretarias de ensino, isso é uma vitória. Para os pais, ainda uma preocupação. Os especialistas defendem que a inclusão de estudantes deficientes em escolas comuns acaba com o preconceito e ajuda essas crianças e esses adolescentes a se tornarem mais independentes e autônomos. A família teme a falta de atendimento adequado e a discriminação.

“Escola se prepara de acordo com aluno que ela recebe, com ou sem deficiência. É a presença desse aluno que impulsiona a transformação dos sistemas de ensino. Essa ideia de que pessoas com deficiência precisam de acompanhamento especializado sempre não é correta. Classe especializada é segregação”, afirma Martinha.

Para a diretora do MEC, as famílias dos deficientes se sentem inseguras porque, em geral, superprotegem os filhos. “A família é muito importante e contribui muito para que pessoa se desenvolva mais ou se infantilize. Ela tem de perceber isso e ter noção de que a escola não é ideal para todo mundo, mas ninguém deixa de ir a escola por causa disso. É nas dificuldades e nos conflitos que crescemos”, analisa.

Ivaneide Batista Dias, 33 anos, vive esse dilema atualmente. O filho caçula, Wesley Lima Dias, 7 anos, perdeu a visão há dois anos por causa de um tumor nos olhos. No Centro de Ensino Especial para Deficientes Visuais (CEEDV) em Brasília, ele recebeu atendimento para saber como lidar com a nova condição: se locomover, ler em Braille, desenvolver ainda mais os outros sentidos.

O avanço de Wesley foi tão rápido que ele será encaminhado para uma escola inclusiva em 2011. A mãe está preocupada. Teme que professores e colegas não saibam lidar com ele e o deixem “de lado”. No centro de apoio, a coordenadora, pedagogos e psicólogos contam que o trabalho com a família é bem mais intenso do que com as crianças atendidas por lá. “Eles precisam de mais apoio para entender e aceitar a vida dos filhos”, afirma Susana Silva Carvalho, supervisora pedagógica.

Os atendimentos no centro são feitos com bebês a partir do nascimento. A proposta é identificar problemas de visão o mais rapidamente possível e iniciar as atividades de estímulo, mobilidade, orientação e ensino com eficiência. Grande parte dos bebês atendidos até os três anos no programa chamado de Precoce deixa o centro em seguida. “Muitos vão direto para escolas inclusivas. Outros fazem educação infantil aqui”, conta Susana.

Crianças mais velhas também, em muitos casos, continuam tendo atendimento especializado no local em horário contrário ao das aulas. “Aulas de música, natação e datilografia, por exemplo, fazem parte das atividades oferecidas”, exemplifica. Adultos e adolescentes também são encaminhados ao local para aprender a se locomover sozinhos e desempenhar tarefas domésticas. “Hoje, essa é uma escola de passagem. Eles passam aqui o tempo suficiente para viver uma vida normal lá fora”, afirma Susana. O centro auxilia também as escolas inclusivas que vão receber os alunos.

Luzia Gomes (óculos) e Sara Arruda estudam em classes comuns em Brasília. Utilizam a máquina de datilografia em braille para escrever o que escuta nas aulas
Foto: Fellipe Bryan Sampaio

Luzia Gomes (óculos) e Sara Arruda estudam em classes comuns em Brasília. Utilizam a máquina de datilografia em braille para escrever o que escuta nas aulas.

Felizes com a diferença

Josiane dos Santos, 32 anos, conta que não teve problemas com a adaptação da filha à Escola Classe 410 Sul, em Brasília, onde foi estudar depois de sair do centro especial. Sara dos Santos Ferreira, 13 anos, tem baixa visão e uma doença nos ossos, a osteopetrose. Em geral, crianças com essa doença não vivem muito – acabam desenvolvendo outras doenças – mas Sara se mantém um desafio para medicina.

“Os médicos se surpreendem com ela. Eles me diziam que ela não viveria mais de 10 anos. Por causa disso, estou sempre com ela. Venho para a escola, fico de olho, mas nunca tivemos problemas aqui. Sara adora a escola, a professora e os colegas”, garante. A filha, que está no 4º ano do fundamental, confirma. “Gosto muito dessa escola. Nunca tive medo de vir para cá. Todos me receberam bem”, afirma.

A professora dela, Rosa Cristina da Gama, conta que nunca havia dado aulas para um deficiente visual antes. “Senti muito medo no começo, porque não tenho cursos nessa área. Mas tem sido uma experiência gratificante e não é difícil. É só ter disposição para repensar as aulas, deixar de usar só quadro e giz e buscar novas formas de ensinar”, pondera.

As amigas Carolina Dias Lima Souza, 11 anos, e Thaiz dos Anjos Ataídes, 12 anos, que são cegas, estão adaptadas na nova escola, em Santa Maria, região administrativa do Distrito Federal. Alunas do 5º ano, elas admitem que gostam mais do novo colégio do que do centro especial. “Lá a gente tem mais amigos”, resume Thaiz. A mãe de Carolina, Eunice Dias, concorda que a adaptação foi fácil. Mas reclama das condições. “Ainda falta muito. Faltam rampas, salas de aulas adaptadas e professores com formação específica“, diz.

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Atenção professores! Amanhã começa mais uma votação para a Biblioteca do Professor. A lista de livros para serem votados estará disponível no site da SME.
ONU Brasil Conselho de Segurança ganha site em português www.onu-brasil.org.br
Simone Souza
@ @ A Jornada acont de 13 a 17/12 em pólos distr pela cidade. No dia 16/11 encam uma circular com todas as informações

Claudia Costin
Saindo da EM Ariosto Espinheira, na Penha. Assisti à apresentação da Rádio Alegria, organizada p prof da Sala de Leitura. IDEB de 6,9!!!

ioliris paes
CIEP GLAUBER ROCHA: Fazendo e aprendendo - montagem do terráreo

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RT @: "Educopédia: Estudando...": Olhar Virtual/UFRJ p/ @


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ESCOLAS X CRIATIVIDADE

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