terça-feira, 30 de novembro de 2010

Rio: escolas fazem trabalho especial com crianças do Alemão
30 de novembro de 2010 13h17 atualizado às 15h56

30 de novembro - Para a diretora, o objetivo é aliviar a cabeça dos 1006 alunos que a instituição recebeu nesta terça-feira . Foto: Reinaldo Marques/Especial para Terra

Para a diretora, o objetivo é aliviar a cabeça dos 1006 alunos que a instituição

recebeu nesta terça-feira
Foto: Reinaldo Marques/Especial para Terra

LUÍS BULCÃO PINHEIRO
Direto do Rio de Janeiro

Nada de pegar em caderno. A ordem é muita conversa, fazer desenho e brincar na quadra. Segundo a diretora da Escola Municipal Afonso Várzea, localizada próximo à favela de Nova Brasília, no Complexo do Alemão, Eliane Sampaio, o objetivo é aliviar a cabeça dos 1006 alunos que a instituição recebeu nesta terça-feira após os dias de medo e tensão que parecem ter acabado com o sucesso da operação da polícia.

"Imagina o quanto assustador pode ser para uma criança o barulho que um tanque desses faz ao subir o beco de uma favela", afirmou Eliane. Segundo ela, é preciso ter muito cuidado e muito diálogo para que as crianças assimilem tudo o que tem acontecido nos últimos dias. Por isso equipes de psicólogos e educadores estão visitando as casas do complexo para fazer uma avaliação do estado das crianças e fazê-los retornar às aulas.

Eliane conta que apesar de gratificante, o trabalho na comunidade sempre foi muito difícil. Segundo ela, que trabalha há 30 anos na região, o que antes era apenas um bairro pobre foi transformado em um local extremamente violento. "A gente foi ficando só. Os pais perderam os empregos e a região foi abandonada pelo estado", afirmou.

A diretora disse que a escola já conviveu com momentos de guerra. "Quando davam o sinal, a mandávamos os alunos todos para o corredor em busca de abrigo. Eles sabiam o que estava acontecendo", contou. Segundo ela, era preciso muita atenção para que os alunos não deixassem a escola. "Quando a gente percebia que estavam faltando, íamos atrás. Aqui tem uma rede de fofoca muito grande", disse. De acordo com a diretora o apoio das mães para manter as crianças na escola sempre foi essencial. "Não quero nunca um aluno nosso em capa de jornal. A família e a escola, unidos, podem evitar que isso aconteça", afirmou.

O Complexo do Alemão é atendido por 22 escolas como a dirigida por Eliane. Com a ocupação, foram anunciadas a ampliação e a reforma de pelo menos três outras. "Agora, como sempre foi, o mais importante é trabalho. Temos muito o que fazer", disse a diretora.

Violência
Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis incendiaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer). Na terça-feira, todo efetivo policial do Rio foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Ao longo da semana, Marinha, Exército e Polícia Federal se juntaram às forças de segurança no combate à onda de violência que resultou em mais de 180 veículos incendiados.

Na quinta-feira, 200 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) tomaram a vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Alguns traficantes fugiram para o Complexo do Alemão, que foi cercado no sábado. Na manhã de domingo, as forças efetuaram a ocupação do Complexo do Alemão, praticamente sem resistência dos criminosos, segundo a Polícia Militar. Entre os presos, Zeu, um dos líderes do tráfico, condenado pela morte do jornalista Tim Lopes em 2002.

Desde o início dos ataques, pelo menos 39 pessoas morreram em confrontos no Rio de Janeiro e 181 veículos foram incendiados.

RJ: universo dos usuários de drogas deve mudar, diz psiquiatra

A atual ofensiva das forças de segurança contra o tráfico no Rio de Janeiro certamente trará consequências para o universo dos usuários e dependentes das drogas, segundo o psiquiatra Jairo Werner, professor das universidades Federal Fluminense (UFF) e do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Pelas leis do mercado, a droga tende a ficar mais cara, com a apreensão de toneladas de cocaína e maconha em centrais do tráfico, como as que funcionavam no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro, desmanteladas no último fim de semana.

Com base na experiência no tratamento de jovens envolvidos com a droga, através de um serviço que mantém na UFF, Jairo Werner espera que haja uma procura maior pelo tratamento e mesmo uma inibição do consumo. "Acho que vamos ter um efeito positivo, principalmente naqueles que ainda não são dependentes, que consomem a droga 'só de onda' e que a gente espera que larguem o uso. Já para os dependentes, que têm síndrome de abstinência, eu recomendo que procurem uma ajuda terapêutica, porque essa é uma oportunidade para trabalhar isso", diz.

Werner acredita que prostituição e pequenos furtos venham a ser os crimes mais praticados pelos dependentes que se recusarem a buscar tratamento e não tiverem mais condição financeira de adquirir a droga. "Realmente, existe esse risco e, por isso, a gente apela para que eles busquem ajuda e alerta o Poder Público para a necessidade de criar meios para atender a essa clientela", adverte o psiquiatra.

"Não basta só invadir o morro. É preciso dar assistência a todos os que gravitam em torno do tráfico, o que vai desde as pessoas que estão na dependência química, como também nos que, direta ou indiretamente, vivem da droga", ressalta.

Autor de várias publicações sobre saúde e educação, no Brasil e no exterior, Jairo Werner diz temer que a sociedade veja a questão da droga apenas como uma luta contra os bandidos. "Quem alimenta o traficante é o usuário, por mais que as pessoas neguem esse argumento. É claro que não vamos condenar à prisão os consumidores de drogas, mas sem dúvida elas precisam tomar consciência e buscar tratamento".

Violência
Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis incendiaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer). Na terça-feira, todo efetivo policial do Rio foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Ao longo da semana, Marinha, Exército e Polícia Federal se juntaram às forças de segurança no combate à onda de violência que resultou em mais de 180 veículos incendiados.

Na quinta-feira, 200 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) tomaram a vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Alguns traficantes fugiram para o Complexo do Alemão, que foi cercado no sábado. Na manhã de domingo, as forças efetuaram a ocupação do Complexo do Alemão, praticamente sem resistência dos criminosos, segundo a Polícia Militar. Entre os presos, Zeu, um dos líderes do tráfico, condenado pela morte do jornalista Tim Lopes em 2002.

Desde o início dos ataques, pelo menos 39 pessoas morreram em confrontos no Rio de Janeiro e 181 veículos foram incendiados.

O contato com o serviço de assistência terapêutica a dependentes de droga, mantido pela UFF, pode ser feito pelo telefone (21) 2629-9605.

Por uma infância sem racismo

Educação Pelo Lúdico

Educação Pelo Lúdico: "
Quanta honra!!
Fui convidada pela ULBRA (Universidade Luterana do Brasil), faculdade pela qual me formei, para ministrar um curso na semana acadêmica, para os alunos da Pedagogia, o tema, que por sinal eu adoro, era o brincar. Aí na foto sou eu, sendo apresentada ao grupo pela Ana, um pouco tímida no início (confesso), mas o grupo era ótimo e muito interessado, amei e logo me soltei e deixe a timidez de lado.
Agradeço a minha mestra Karina, não apenas pela força e confiança, mas pelo apoio nesta jornada.


Educação pelo lúdico:
O papel do brinquedo, da brincadeira e do jogo na educação infantil













Olhando os slides fica difícil compreender a dimensão do que foi abordado, pois ele está em tópicos, abaixo, deixo um esboço do artigo que serviu de base e foi apresentado nesta palestra, além disso, foram apresentados slides, com jogos, brinquedos e brincadeiras, utilizados em minha prática docente.

Educação pelo lúdico:
O papel do brinquedo, da brincadeira e do jogo na educação infantil


Artigo apresentado na semana acadêmica do curso de pedagogia, da Universidade Luterana do Brasil – Ulbra, em novembro de 2010.

Autora: Márcia de Oliveira Soares


RESUMO:
Este trabalho, procura explicar a relação entre o brinquedo, a brincadeira e o jogo com o desenvolvimento infantil, traçando uma linha entre a concepção de criança do passado e a contemporânea, mostrando como o brincar e as definições de infância, estão sendo alterados ao longo dos tempos, pela história e pela cultura, deixando evidente sua importância no desenvolvimento integral do ser humano. Este artigo destacará duas vertentes do brincar. Sua forma livre e espontânea, sem a interferência do adulto, que se colocará no papel de observador e mediador das experiências e interações infantis e o brincar dirigido, como fonte de aprendizado e facilitador do ensino, onde é papel do educador traçar metas e objetivos a serem alcançados, usando o jogo e a brincadeira, como ferramenta para o aprendizado e aquisição de novas habilidades.

Palavras chaves: Infância, brincadeira, jogo, desenvolvimento, prática pedagógica.

Considerações Iniciais
Ao longo dos anos, surgiram pesquisas que apontaram mudanças significativas na concepção de criança, infância e brincadeira. Não é preciso buscar em um passado distante estas transições, basta fecharmos os olhos e lembrarmos as brincadeiras da nossa infância e o papel que elas ocuparam em nossa formação e depois compararmos com o tempo e espaço das brincadeiras na infância contemporânea. Quem nos ensinava a brincar e onde brincávamos? Quem ensina e onde brinca a criança da atualidade?
Ariés (1981), discute as formas como a infância foi tratada pela sociedade no decorrer do tempo. Bebês ao nascer ficavam imóveis, muitas vezes em quartos escuros, eram enrolados em panos que limitavam seus movimentos e a possibilidade de qualquer exploração com o mundo era tolhida. Os cuidados e a educação, eram tarefas de algumas mulheres e tudo o que era vivenciado pela criança, era antes selecionado e escolhido pelo adulto. Em outras palavras, a criança interagia pouco e tudo o que conhecia era dado, sem possibilidade de troca. Ao crescer, eram vistas como miniadultos, não havia características específicas da infância que as diferenciassem do mundo adulto, participavam das mesmas atividades e recebiam as mesmas informações, independente de terem interesse ou maturidade para assimilar. O autor aponta ainda que, foi apenas no século XVII, que mudanças significativas na forma de pensar a infância começaram a surgir e só a partir daí, foram estudados aspectos de começaram a diferenciar o mundo infantil do adulto, evidenciando peculiaridades e necessidades comuns a infância.
Logo, podemos dizer que foi apenas na modernidade, que a criança passou a ser reconhecida com tal, passando a se distinguir do universo adulto, que por sua vez, passou então a observar, estudar e atribuir significado a cada etapa do desenvolvimento infantil, com a finalidade não só de compreendê-lo melhor, mas também de colaborar com seu crescimento. Sendo assim, a criança passa a ser criança, freqüentar espaços próprios, conviver com outros da sua faixa etária e conquista o direito de brincar por prazer e não apenas como forma de reproduzir a vida adulta.
Até algum tempo atrás, se brincava na rua, com vizinhos, amigos, irmão ou primos mas, atualmente, as famílias estão reduzindo. Devido a violência e ao fato dos pais ou responsáveis trabalharem fora, o lugar de brincar passou a ser dentro de casa, usando jogos eletrônicos, na companhia da televisão e com a supervisão de uma babá. A possibilidade de interagir e brincar com outras crianças, está ficando mais restrita, delineando novas formas de pensar e ver a infância contemporânea e, principalmente, definindo novos papéis para a escola, já que é, por excelência, um dos poucos ambientes freqüentados pela criança, onde tem a oportunidade de interagir com outros, explorar o espaço e ser verdadeiramente criança.
“Brincar, para a criança, é tão importante e sério como trabalhar é para o adulto. Ou mais até, porque dificilmente encontramos um adulto tão dedicado ao seu trabalho como a criança o é à sua brincadeira. O trabalho é dirigido de fora, pelas necessidades e metas dos adultos. Brincar brota de dentro da criança. Brincando, a criança imita o trabalho, os gestos do adulto. Assim, ela descobre o mundo. Ela vivencia suas leis sem fazer conceitos lógicos sobre elas.” (Ignácio, 1995 p.25)

Considerando o brincar a forma mais completa de desenvolver a criança, a partir da agora, vamos aprofundar as definições e características do papel do brinquedo, da brincadeira e do jogo na educação infantil, diferenciando o brincar livre e espontâneo, do brincar dirigido, ambos com caráter lúdico e promotor do ensino aprendizado.
Em um primeiro momento, é importante destacar que, brincar também é um aprendizado. Precisa ser ensinado, pois brincar também se aprende. Quando um bebê esconde o rosto atrás da fralda, está apenas realizando um gesto, mas quando o adulto repete a ação e incorpora as palavras “cadê o bebê? Achou!”, transforma um gesto involuntário em uma brincadeira que, aos poucos, será incorporada de forma intencional, ao repertório de ações da criança. Este gesto, além de sua função recreativa, auxilia a criança a lidar com a ausência do adulto e a ansiedade que isto gera. O mesmo vale para qualquer brincadeira na educação infantil, independente se a criança possui um ou 5 anos.
Como já comentado, o brincar sofre interferência no decorrer do tempo e do espaço, cabe ao educador, ensinar as crianças a brincar, renovando o repertório, resgatando as brincadeiras do passado e contrapondo com as da atualidade.

“ A criança expressa-se pelo ato lúdico e é através desse ato que a infância carrega consigo as brincadeiras. Elas perpetuam e renovam a cultura infantil, desenvolvendo formas de convivência social, modificando-se e recebendo novos conteúdos, a fim de se renovar a cada nova geração. É pelo brincar e repetir a brincadeira que a criança saboreia a vitória da aquisição de um novo saber fazer, incorporando-o a cada novo brincar”. (DORNELLES, 2001 p103)

Em um segundo momento, temos que ter consciência de que a forma como planejamos nossa aula, organizamos nosso espaço em sala, como propomos as atividades e como valorizamos o ato de brincar, define nosso entendimento do que é a infância. De nada adianta o professor saber que o brincar é a atividade essencial da criança, se em sua prática pedagógica acredita que aprender está relacionada a preencher folhas de atividades, sentar na mesa, fazer silêncio ou preencher linhas em um caderno. Uma sala maravilhosa, cheia de cartazes, totalmente organizada, não é garantia de aprendizado se o aluno não participa da construção dos mesmos ou mesmo não lhe é dado a chance de manuseá-los. O mesmo vale para brinquedos que seriam bem aproveitados se não estivessem em prateleiras altas e fora do alcance das crianças, para estes casos, o melhor é ser feito é um rodízio dos brinquedos, para que todos possam ser explorados.
O brincar auxilia a criança na construção da autonomia, no convívio com outras pessoas, aprendendo a ceder o brinquedo e compartilhar objetos que gosta, ensina a expressar sentimentos e estados interiores, pois quando brinca a criança reflete seu estado de espírito, seus medos e suas dificuldades, além de ensinar a criança a conhecer o mundo onde vive, já que através da brincadeira, pode reproduzir e simular situações do seu cotidiano e interiorizar conceitos e modelos adultos. Mas o principal, o ato de brincar ensina regras e limites, como esperar a vez do outro, jogar sem trapacear, ceder, revezar na interpretação de papéis. Sobre isso, Negrine (2002) reforça que “ Portanto, o entendimento é de que a imagens com as quais a criança opera na ação do brincar, se constituem combustível da memória, da atenção, da percepção e do pensamento”. Cada vez que a criança imita, brinca e ensaia situações do cotidiano que vivencia em suas observações como a mãe trabalhando, cozinhando, lidando com os problemas, o pai dirigindo, contando uma história, ela busca interiorizar estes gestos e reproduzir em suas ações, aprimorando gradativamente suas habilidades motoras, cognitivas e psíquicas.
Com isso, podemos entender que o brincar e a brincadeira, são ações da criança, podem acontecer através do jogo ou do uso de um brinquedo, mas também podem acontecer na forma oral ou mesmo utilizando a imaginação (faz de conta) ou até o corpo, podemos citar esconde-esconde, pega-pega entre outros. O brinquedo é um objeto que busca dar suporte ao ato de brincar, pode ser uma bola, uma corda, um pé de lata ou um bambolê, uma boneca ou um carrinho. Segundo Piaget, os jogos podem ser organizados da seguinte forma; os jogos de exercício, os jogos de papéis ou protagonizado, os jogos de construção, os jogos de regras.

'desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos se mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade portanto, real valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante.' ( CARVALHO, 1992n p14)
O brincar e o gênero
Meninas brincam de bonecas. Meninos brincam de casinha. No século XVII, novas formas de ver a infância começaram a surgir, no entanto, o brincar passou a ser uma ferramenta para preparar a criança para a vida adulta. Por isso, meninos usavam ferramentas que eram adaptadas a sua idade e tamanho, enquanto meninas brincavam de bonecas e se preparavam para a vida adulta, segundo Ariés (1981). Na modernidade, o papel do brincar recebeu novo enfoque, mas alguns estereótipos, persistem ainda nos dias de hoje.
O papel do professor na adequação da rotina escolar ao lúdico
O educador precisa ter bem definido quais os objetivos possui quando incorpora em sua prática pedagógica o brinquedo, a brincadeira e o jogo. O brincar pode ser em caráter pedagógico, este deve ter a participação do professor na elaboração do material, das regras, na construção do objetivo e na intervenção, quando esta se faz necessária. Neste caso, o jogo é um meio para chegar a um determinado fim. Pode ser para introduzir um conteúdo, apresentar um tema, reforçar um entendimento. Sendo assim, as crianças não estão livres para testar hipóteses, embora possam colaborar na formação das regras, o jogo como instrumento pedagógico já vem com intencionalidade e uma meta a ser cumprida.
Também pode ser em caráter espontâneo e livre, onde a criança determina quando, de quê e como irá brincar. É importante reforçar que este não é o momento do professor arrumar prateleiras, preencher diário, organizar a sala ou qualquer outra coisa. É um momento de observação, pois a brincadeira permite a criança manifestar-se de forma sincera, expressar o que incomoda o que gera angústia e o que a faz feliz. A brincadeira permite uma aproximação professor/aluno que o cotidiano escolar, muitas vezes, não permite. Esta é a hora de escutar a fala da criança e conquistar sua confiança, valorizando a sua realidade e buscando conhecê-la melhor, fazendo a acreditar nas suas capacidades e construir uma boa auto-imagem. Se não há um objetivo a ser alcançado, a intervenção fica em segundo plano, mas não significa que não aconteça.

“Sem incorrer em uma invasão da brincadeira por parte dos professores, a intencionalidade educativa da escola deve traduzir-se na provisão de materiais adequados; no estabelecimento de normas que evitem a discriminação, a agressão ou a brincadeira descontrolada; na formação de pequenos grupos que favoreçam a brincadeira construtiva e, em alguns momentos, de intervenção adulta sensível e enriquecedora”. ( Palácios e Paniagua, 2007, p.20)
Em qualquer um dos casos (brincar espontâneo ou dirigido), é importante observar a postura do educador quanto aos momentos destinados a brincadeira. Os espaços e brinquedos estão sempre abertos para uso ou há horário de entrada e saída? Ou pior, brincar é uma gratificação que só pode ser alcançada após realizar tarefas e ter bom comportamento?

Conclusão
Junto com as mudanças sociais, onde toda a família trabalha fora, o número de filhos reduziu, surge a necessidade de pensar a infância contemporânea e sua realidade social. A escola tornou-se por excelência, um espaço propício a interação, a troca de experiências, sendo seu papel, fazer um resgate do lúdico como fator fundamental ao desenvolvimento integral da criança, não apenas como uma forma de introduzir conteúdos. A escola de educação infantil deve então, pensar em seu currículo espaços, atividades e planejamento que propiciem o resgate da brincadeira.
Sala de recursos e projetos brinquedos e brincadeiras são bem vindos, no entanto, não há um espaço e uma hora determinada para se brincar, ele deve estar presente em todos os momentos da atividade infantil, seja em maior ou menor proporção. Da mesma forma, o conteúdo não deve ser camuflado em uma brincadeira, a criança precisa entender que aprender, é tão gostoso como brincar.
Concluindo, o papel principal do educador de infância, é por fim ao mito de que brincar está relacionado apenas a folgar, pois é muito mais do que isto. O ato de brincar é constitutivo da natureza humana, é o que nos torna capazes de lidar com a realidade e amadurecer conceitos, dando significados aos acontecimentos do nosso mundo. É fonte de prazer e também de aprendizado. Auxilia na cognição, no enfrentamento de situações problemas, na resolução de conflitos, no aprimoramento da coordenação motora e, principalmente no amadurecimento das relações sociais.

Referências bibliográficas
ARIÉS, Philippe. História Social da Criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1981.
BEE, Hellen. Trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese. A criança em desenvolvimento. 9 ed. Porto Algre: Artmed, 2003.
BERNS, Roberta M. O desenvolvimento da criança. São Paulo, Loyola, 2002.
BRASIL, Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil , Brasília: MEC / SEF, 1998.
CARVALHO, A.M.C. et al. (Org.). Brincadeira e cultura: viajando pelo Brasil que brinca . Vol. 1 e 2. São Paulo: Casa do Psicológo, 2003
FREIRE, P. (1999). Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.
IGNÁCIO, K. Renatte. Criança Querida; O dia-a-dia das creches e jardim-de-infância. 2 ed.Antroposófica, 1995.
KISHIMOTO, Tisuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação . São Paulo, SP: Cortez, 1996
KONIG, Konig.Os três primeiros anos da criança: A conquista do andar, do falar e do pensar. Tradução de Karin glass. 2ª Ed. São Paulo: Ed Antroposófica, 1995.
MOYLES, Janet R. Só brincar? – O papel do brincar na educação infantil . São Paulo: Artmed, 2002.
NEGRINE, Airton. O corpo na educação infantil. Caxias do Sul, Ed. EDUCS, 2002
OLIVEIRA, Anie C. de. Ludicidade e Psicomotricidade. Curitiba: Universidade Luterana do Brasil, ibpex, 2008.
PANIAGUA, G.; PALACIOS, J. Educação infantil: Resposta educativa a diversidade. Artmed, 2007.
PIAGET (1975) – A formação do símbolo na criança . Rio de Janeiro: Zahar Editores.
SANTOS, Santa Marli Pires (Org.). Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. Petrópolis , RJ: Vozes, 1997.
VYGOTSKY, L.S. (1984). A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes.
VYGOTSKY, L.S.(1993) Pensamento e linguagem . São Paulo: Martins Fontes.
QUEM QUISER SABER MAIS, PROCURE NO LINK ALFABETIZAÇÃO OU JOGOS, PARA ENCONTRAR AS SUGESTÕES E DICAS DE BRINQUEDOS E JOGOS QUE PODEM SER USADO NA CONSTRUÇÃO DE HABILIDADES, POIS ELES FORAM POSTADOS APÓS A PALESTRA MINISTRADA NO MUNICÍPIO DE CAMAQUÃ SOBRE ALFABETIZAÇÃO LÚDICA.

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RJ recebe 66.482 pré-matrículas para rede municipal de ensino

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Antibiótico agora só com receita médica

Antibiótico agora só com receita médica: "

Antibióticos em receita de controle especial

AntibióticosDesde o dia 28 de novembro de 2010, os antibióticos só podem ser vendidos nas farmácias e drogarias do país mediante receita de controle especial em duas vias, preenchida de forma legível e sem rasuras. A primeira via fica retida no estabelecimento farmacêutico e a segunda é devolvida ao paciente com carimbo para comprovar o atendimento.

As medidas valem para mais de 90 substâncias antimicrobianas, que abrangem todos os antibióticos com registro no país, com exceção dos que tem uso exclusivo no ambiente hospitalar.

O objetivo da Anvisa, ao ampliar o controle sobre esses produtos, é contribuir para a redução da resistência bacteriana na comunidade.

Mudanças também nas embalagens e bulas dos medicamentos

As embalagens e bulas também terão que mudar e incluir a seguinte frase: 'VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA'. As empresas terão 180 dias para fazer as adequações de rotulagem.

Validade das receitas

AntibióticosA nova norma definiu, também, novo prazo de validade para as receitas, que passa a ser de 10 dias, devido às especificidades dos mecanismos de ação dos antimicrobianos.

Todas as prescrições deverão, ainda, ser escrituradas, ou seja, ter suas movimentações registradas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC).

O prazo para que as farmácias iniciem esse registro e concluam a adesão ao sistema é de 180 dias.

Fonte: Portal Farmacêutico



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Secretaria Municipal de Educação lança projeto Visão de Futuro

Vinte e três alunos da 6ªCRE estavam lá, acompanhados das suas famílias, leiam mais sobre o projeto.

A iniciativa tem como objetivo promover exames de vista e fornecer óculos para cerca de 14 mil alunos da rede


30/11/2010 » Autor: Juliana Gomes


A secretária Municipal de Educação, Claudia Costin, lançou, nesta terça-feira (dia 30), o projeto Visão de Futuro, na Escola Municipal Reverendo Martin Luther King, na Praça da Bandeira. O objetivo do programa é corrigir possíveis falhas de aprendizagem ocasionadas por problemas de visão dos alunos. De acordo com a secretária Claudia Costin, para dar um salto na qualidade na educação carioca também são necessárias ações relacionadas à saúde das crianças.

– Com os testes de visão, nós descobrimos que várias crianças da nossa rede entraram na alfabetização com problemas de deficiência visual. Alguns alunos também não conseguiram se formar nos programas Nenhuma Criança a Menos e Se Liga pelo mesmo problema. Com um ensino de qualidade, formado por bons professores, e um diagnóstico correto de deficiência visual dos nossos alunos, cada um deles poderá realizar os seus sonhos – afirmou a secretária Claudia Costin.

Com o projeto Visão de Futuro, cerca de 14 mil crianças terão acesso à consulta oftalmológica e ganharão óculos, caso necessário. Serão beneficiados com o programa os estudantes das classes de alfabetização das Escolas do Amanhã, que completarão 6 anos em 2011; as crianças que possuem até 5 anos e 11 meses; os alunos que participaram das turmas de realfabetização em 2009; e os alunos do programa Nenhuma Criança a Menos.

Durante a cerimônia, a secretária entregou os primeiros 50 óculos para os alunos atendidos pelo projeto. Para realizar os atendimentos, duas empresas foram contratadas pela Secretaria Municipal de Educação e, de acordo com o cronograma, ficam alocadas em unidades móveis em duas escolas polos de cada Coordenadoria Regional de Educação (CRE). O atendimento é realizado das 8h às 17h30, durante dois dias.

Nos dias marcados, os pais levam os alunos até um dos polos de atendimento. No local, as crianças realizam o exame de visão e, se necessitarem de óculos, serão encaminhadas a outra unidade móvel, onde podem escolher a armação. Depois de cinco dias úteis, os óculos serão entregues à CRE, que fará a distribuição nas escolas.

Nesta terça-feira, a secretária Claudia Costin acompanhou o atendimento aos alunos da 2ª CRE, na unidade móvel da Escola Municipal Reverendo Martin Luther King. Como essa, cada unidade conta com dois médicos oftalmologistas, um auxiliar de enfermagem e um coordenador, que atua no agendamento das atividades. Durante a consulta, os médicos analisam o histórico clínico e ocular das crianças, fazem o exame de refração e avaliação óculo-motora, avaliação da pressão ocular da córnea e doenças externas das vias lacrimais e pálpebras, do cristalino, da retina e úvea, da mácula e nervo ótico. Além disso, é feita a revisão para conferência dos óculos após a entrega ao aluno e quando houver dificuldades na adaptação das lentes corretivas.

Prefeitura realiza campanha de doação de sangue em parceria com o HemoRio

O objetivo da campanha é regularizar os estoques de sangue no Município do Rio, que estão baixos

30/11/2010


A Prefeitura do Rio realiza nestas quinta e sexta-feira, dias 2 e 3 de dezembro, das 9h às 15h, campanha de doação de sangue, em parceria com o HemoRio, em frente ao Centro Administrativo São Sebastião (Rua Afonso Cavalcanti, 455),na Cidade Nova. O objetivo da campanha é regularizar os estoques de sangue no Município do Rio, que estão baixos.

Servidores municipais, de empresas da região, visitantes do Centro Administrativo e outros interessados poderão doar sangue, desde que tenham entre 18 e 60 anos, pesem mais de 50 kg, estejam em boas condições de saúde, não tenham ingerido bebiba alcoólica nas últimas 24 horas e não façam parte do grupo de risco de doenças sexualmente transmissíveis e usuários de drogas.

Em comunicado divulgado no Diário Oficial de hje, dia 30, a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil, que promove a campanha, lembra que menos de 2% da população são doadores de sangue. Para atender à demanda das transfusões, a necessidade mínima é de 4%. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Todos Pela Educação lança amanhã relatório com dados exclusivos sobre a aprendizagem no Brasil

Todos Pela Educação lança amanhã relatório com dados exclusivos sobre a aprendizagem no Brasil: "O Todos Pela Educação lançará o relatório “De Olho nas Metas 2010″ nesta quarta-feira (01/12). A publicação traz dados exclusivos sobre a aprendizagem dos alunos nos estados e no País como um todo. Além disso, serão divulgados os resultados do monitoramento das 5 Metas do movimento: Meta 1 – Toda criança e jovem de 4 [...]"

VÍDEO ENCERRAMENTO DA MOSTRA CONEXÃO DAS ARTES SME-RJ/2010

VÍDEO ENCERRAMENTO DA MOSTRA CONEXÃO DAS ARTES SME-RJ/2010: "


VÍDEO ENCERRAMENTO DA MOSTRA CONEXÃO DAS ARTES SME-RJ/2010

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Direção: Prof. Mauricio Sancho (Núcleo de Arte Copacabana)



Postado por Imaculada Conceição M. Marins
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Cineclube nas Escolas é implantado em 200 unidades da rede municipal

As escolas receberam coletâneas de filmes, acervos de livros sobre cinema e educação e equipamentos audiovisuais

30/11/2010 » Autor: Juliana Gomes


A subsecretária de Ensino da Secretaria Municipal de Educação, Helena Bomeny, lançou, nesta terça-feira (dia 30), o projeto Cineclube nas Escolas, no Odeon, no Centro. O projeto, cujo padrinho é o cineasta Silvio Tendler, tem como objetivo estimular o olhar crítico dos alunos da rede municipal por meio de produções audiovisuais.

No lançamento, Silvio Tendler contou a sua trajetória profissional para cerca de 200 professores e diretores da rede. Segundo o cineasta, depois que uma professora exibiu um filme produzido por alunos da rede pública de ensino, ele acreditou que também poderia fazer cinema.

O projeto Cineclube nas Escolas está sendo implantado em 200 escolas de todas as Coordenadorias Regionais de Educação (CREs). As unidades contam com professores capacitados e receberam 100 curtas, médias e longas-metragens nacionais e estrangeiros divididos em coletâneas, além de livros sobre linguagem de cinema e educação. Essas unidades também estão sendo equipadas com data-shows, telas de DVD e câmeras digitais. O projeto também estimula a realização de parcerias com festivais e mostras de vídeos da cidade.

Durante a cerimônia, foi exibido o longa-metragem Alma Suburbana, realizado pelo professor Luiz Cláudio Lima e pelos alunos do Núcleo de Artes Grécia. O filme é o primeiro longa-metragem realizado pelos alunos, que participaram do Festival do Rio 2010, com o curta Dia das Mães.

O projeto Cineclube nas Escolas começou a ser implantado em 2008 e agora foi expandido para 200 escolas. A partir de 2011, o projeto também será implantado nas 10 escolas do Ginásio Experimental Carioca.