sábado, 29 de setembro de 2012

Saúde e Cultura abrem seleção de projetos para jovens

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Foto: Tomas Rodriguez/Corbis
Os Ministérios da Saúde e da Cultura, em parceria com o escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), abrem inscrições para projetos voltados aos adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social. O Vivajovem.com vai selecionar projeto de formação deste público (pessoas de 10 a 29 anos) para promoção à saúde, à prevenção do uso de álcool, crack e outras drogas, à prevenção da violência e redução da mortalidade juvenil.
Os interessados têm 14 dias, a partir desta sexta-feira (28), para apresentar as inscrições de propostas que devem contemplar ações de arte, cultura, educação, esporte e/ou lazer para prevenção do uso de álcool e outras drogas entre outras atividades. Após a fase de inscrição as entidades interessadas no Vivajovem.com o Ministério da Saúde têm 22 dias para apresentar os primeiros resultados.
Os valores dos projetos a serem aprovados variam de R$ 100 mil a R$ 300 mil por ano. Ao todo serão investidos R$ 4 milhões, sendo R$ 2,5 milhões do Ministério da Saúde e R$ 1,5 milhão da UNODC. Podem participar do edital, instituições com experiência de atuação orientada para o segmento juvenil com experiência na área de atuação proposta no chamamento além de outras exigências.
O Vivajovem.com visa articular e fomentar ações que integrem a Política de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens, o Plano de Enfrentamento ao Crack, Álcool e outras Drogas, as Políticas de Redução da Morbimortalidade por Violências e Acidentes e de Promoção da Saúde e o Plano de Enfrentamento à Mortalidade da Juventude Negra.

Cartilha esclarece dúvidas sobre Síndrome de Down

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Atualmente o Brasil possui aproximadamente 300 mil pessoas com Síndrome de Down (SD). Uma criança nasce com a síndrome a cada 600 e 800 nascimentos. Mas você entende o que é a Síndrome de Down e quais cuidados com a saúde devem ser tomados? Muitos ainda não, e para esclarecer o assunto, próprias pessoas que têm a deficiência criaram a cartilha de Cuidados de Saúde à Pessoa com Síndrome de Down.
Breno Viola (31) é lutador de judô, ator, coordenador de conteúdo Acessível da ONG Movimento Down e tem Síndrome de Down. Além de todos esses ofícios, ele também participou da elaboração da cartilha e se diz muito feliz em fazer parte do projeto. “Eu estudei muito e fiquei muito emocionado porque eu sabia que isso (a cartilha) ia fazer sucesso”, diz orgulhoso.
Para a coordenadora da Área de Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, Vera Mendes, a parceria do Ministério da Saúde com a equipe do Movimento Down foi muito importante. “O processo de construção da cartilha foi muito interessante. Estávamos trabalhando com o nosso protocolo e tinham várias informações muito técnicas. Aí eles falavam para gente: ‘Isso aqui precisa ficar? Isso aqui para nós não faz o menor sentido. A gente quer tirar da nossa versão.’ Isso foi importantíssimo. Eles souberam nos alertar sobre certas informações que são muito valiosas, mas que não são relevantes para a cartilha”, conta a coordenadora.
Diferente do que se pensa, a Síndrome de Down não é uma doença e pode atingir qualquer pessoa. Ela acontece quando a criança nasce com um cromossomo a mais em cada célula do corpo, especificamente o cromossomo 21. É ele quem determina as características físicas e específicas e o atraso no desenvolvimento físico e intelectual. Isso não quer dizer que as pessoas com Síndrome de Down não possam viver de forma normal. Sabe-se que quando os portadores da Síndrome são atendidos e estimulados adequadamente, têm potencial para uma vida saudável e plena. Não existem graus de intensidade para a Síndrome de Down.
É possível diagnosticar a SD ainda durante a gestação. Mas, após o nascimento, o médico deve realizar um diagnóstico clínico para reconhecimento das características, como, por exemplo, olhos puxados, nariz pequeno e achatado, cabeça achatada na parte de trás e muita gordura na nuca. Na cartilha estão descritas todas as características de uma pessoa com Síndrome de Down e as principais dúvidas sobre o tema.
Breno ressalta que o conhecimento é muito importante para evitar o preconceito. “Eu acho importante a criação da cartilha porque pessoas com Síndrome de Down vão entender todas as informações sobre a síndrome. Assim o país vai ter menos preconceito e menos discriminação”, destaca.
Políticas Públicas – Recomenda-se que o cuidado com a saúde da pessoa com Síndrome de Down seja norteado pelas políticas públicas do Ministério da Saúde, como a Política Nacional de Humanização, Política Nacional da Atenção Básica, Programas de Saúde da Criança e do Adolescente, Saúde da Mulher, do Homem, do Idoso, Saúde Mental e pelo Relatório Mundial sobre a Deficiência. E ainda, que utilize os pressupostos teóricos da clínica ampliada, da integralidade e do cuidado compartilhado, com vistas à humanização, autonomia e protagonismo dos sujeitos nas práticas de saúde.
A orientação para o profissional é que deve ficar claro que o cuidado com o bebê e, durante todo o seu crescimento, será compartilhado entre a família e a equipe multiprofissional, e que a família não estará sozinha e sem apoio neste processo.
Nesta quinta-feira (26), o Ministério da Saúde também lançou o protocolo de diretrizes para atendimento a pacientes com Síndrome de Down. O objetivo é levar orientações aos profissionais de saúde e garantir um atendimento humanizado e qualificado no SUS para esses pacientes e sua família.

 



Esta é a primeira de uma série de diretrizes de cuidados às pessoas com deficiência que será lançada pelo Ministério da Saúde.
Ilana Paiva / Blog da Saúde

FIQUE SABENDO - Dia Mundial do Coração: saiba como prevenir doenças cardíacas

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Dia Mundial do Coração: saiba como prevenir doenças cardíacas:

Foto: Image Source/Corbis
Neste sábado, 29 de setembro, é lembrado o Dia Mundial do Coração. O estilo de vida assumiu recentemente grande importância na prevenção de problemas do coração. De acordo com o cardiologista do Hospital Conceição (RS), vinculado ao Ministério da Saúde, e presidente da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul, Justo Antero Leivas, os principais fatores que podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares são obesidade, tabagismo, colesterol alto, sedentarismo, estresse e hipertensão arterial.
“Infarto e acidente vascular cerebral (AVC) são as duas causas que mais matam no Brasil, tanto homens quanto mulheres. Somadas dão quase 40% das mortes no país. Mudanças no cotidiano fazem toda a diferença e não têm contraindicações, podem ser adotadas dos jovens aos idosos”, observa o especialista. “Uma das atitudes mais importantes para quem quer cuidar do coração é praticar exercícios. É necessário fazer atividade física leve por, no mínimo, 150 minutos por semana, que podem ser divididos em 30 minutos por dia, cinco vezes por semana”, indica o cardiologista.
Cultivar as amizades, ler bons livros e dar boas risadas também fazem bem ao coração. “É importante manter o hábito de sair com os amigos e praticar atividades prazerosas, que aliviem as situações de tensão. O estresse é uma das principais causas no aumento do colesterol e da pressão alta que prejudicam o coração”, frisa Justo Antero Leivas.
O médico salienta a importância de manter uma alimentação saudável para evitar obesidade, colesterol alto e hipertensão arterial, inimigos do bom funcionamento do coração. Isto, sem perder o sabor e o prazer à mesa. “Desde que tomada de forma comedida, uma taça de vinho tinto por dia, por exemplo, é benéfica para a saúde cardiovascular, pois contribui para o aumento do colesterol bom (HDL). O azeite tem a mesma propriedade. Este deve fazer parte da nossa alimentação diária, usado para temperar a salada”, diz o médico.
Para controlar a pressão arterial, é necessário diminuir a ingestão de sal. Tirar o saleiro da mesa tem resultado favorável. O brasileiro consome mais do que o dobro indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O cardiologista destaca que a gordura abdominal é um motivo de preocupação. “É arriscada a gordura acumulada no abdome. É conhecida também como gordura visceral por se encontrar próxima aos principais órgãos do corpo e também pode ser responsável pelo aparecimento de doenças cardiovasculares”, completa.
Para estar dentro do peso ideal, o cardiologista explica a importância de calcular o Índice de Massa Corporal (IMC), obtido pela divisão entre o peso e o quadrado da altura. “O excesso de peso é diagnosticado quando o IMC alcança valor igual ou superior a 25 kg/m2, enquanto que a obesidade é diagnosticada a partir do IMC de 30 kg/m2”, diz.
De acordo com a última pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), a frequência de adultos com excesso de peso variou entre 39,8% em São Luís e 55,4% em Porto Alegre. O cardiologista do Hospital Conceição credita aos hábitos alimentares do Rio Grande do Sul, como o consumo de carnes gordas e muito salgadas no churrasco, como um dos fatores do estado ser o maior em número de excesso de peso.
Justo Antero Leivas também lembra que o tabagismo não afeta apenas o pulmão. Também desenvolve uma série de doenças crônicas, como as cardiovasculares.
Alimentação saudável - De acordo com o Guia alimentar para a população brasileira a alimentação saudável é sempre constituída por três tipos de alimentos básicos: com alta concentração de carboidratos, como os grãos (incluindo arroz, milho e trigo), pães, massas, tubérculos (como as batatas e o inhame) e raízes (como a mandioca); frutas, legumes e verduras; e os alimentos vegetais ricos em proteínas, particularmente os cereais integrais, as leguminosas e também as sementes e castanhas. A recomendação é que 55% a 75% da energia diária provenham de frutas, legumes e verduras, cereais – de preferência integrais – e tubérculos e raízes.
Fonte: Ana Paula Ferraz/ Comunicação Interna do Ministério da Saúde

FIQUE LIGADO - Sarampo

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Sarampo:
Sarampo é uma doença infectocontagiosa grave causada por um vírus (Morbilivirus) que é transmitido pelas secreções respiratórias e provoca inflamação generalizada nos vasos sanguíneos.
Há não muito tempo, era difícil encontrar alguém que não tivesse tido sarampo, doença tão comum na infância, que as mães costumavam colocar os filhos pequenos em contato com crianças doentes, porque havia a crendice de que quanto menores elas fossem infectadas menos grave seria a enfermidade e menos complicações provocaria.
Essa realidade mudou completamente com a descoberta da vacina contra o sarampo que começou a ser utilizada por volta de 1960. De alta eficácia, ela fez com que o sarampo praticamente fosse erradicado do nosso país. Digo praticamente, porque recentemente houve alguns casos da doença. O vírus foi trazido por um jovem surfista que se infectou fora do Brasil e entrou em contato com pessoas que, por opção religiosa ou filosófica, não haviam sido vacinadas.
CARACTERÍSTICAS
Drauzio – Quais são as principais características do vírus causador do sarampo?
Gabriel Oselka – A principal característica do vírus do sarampo é a altíssima contagiosidade. Na verdade, o sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas de que se tem notícia. Introduzido num domicílio, o vírus certamente irá infectar todas as pessoas que não tomaram a vacina nem tiveram a doença.
A outra são as manifestações clínicas da enfermidade. Ao contrário de alguns vírus que podem causar uma enfermidade praticamente assintomática – a rubéola é um exemplo -, o do sarampo provoca sintomas, que variam de gravidade de uma pessoa para outra. As manifestações clínicas, especialmente as lesões de pele, são tão evidentes que as mães e avós do passado eram capazes de fazer o diagnóstico de sarampo com precisão.
Drauzio – Como são as lesões de pele características do sarampo?
Gabriel Oselka – O exantema máculo-papular eritematoso( imagem 1) é a erupção cutânea característica do sarampo. São manchas avermelhadas, as máculo-pápulas, que acometem áreas de pele, entre as quais há espaços não comprometidos pelas lesões. A rigor, o exantema pode ser considerado a manifestação inofensiva da doença. Mais graves são os outros danos que o vírus pode provocar no organismo.
Drauzio – Quais são eles?
Gabriel Oselka – Os mais importantes são os problemas respiratórios (coriza, tosse, expectoração, conjuntivite) que, na maior parte das vezes, evoluem sem complicações maiores. Entretanto, porcentagem não desprezível de casos evolui com complicações pulmonares, otites, sinusite e, às vezes, comprometimento do sistema nervoso central.
Embora no passado, por sua enorme frequência, o sarampo fosse considerado uma doença benigna, isso está longe de ser verdade. Até a década de 1980, antes de ser instituída a cobertura vacinal, nas enfermarias de doenças infecciosas do Brasil, grande parte dos doentes internados eram portadores de sarampo e suas complicações. Hoje, isso ainda acontece em países da África e da Ásia, onde a doença continua sendo a principal causa de morte em crianças menores de cinco anos de idade.
Drauzio – No passado, as mães levavam os filhos para entrar em contato com quem estava com sarampo, porque havia a crença de que a doença era tão mais benigna quanto menor fosse a criança. Isso é verdade?
Gabriel Oselka – Há um lado verdadeiro e um lado falso nessa afirmação. De fato, o sarampo em adolescentes e adultos tende a ser mais grave. No entanto, em crianças pequenas, particularmente nas que têm menos de um ano, é mais grave do que em crianças maiores. No Brasil, por exemplo, na fase de pré-vacinação, cerca de 10% a 15% das crianças com menos de um ano contraíam a doença, mas era nessa faixa de idade que ocorriam 40% do total de mortes por causa do sarampo e suas complicações. Portanto, nas crianças muito pequenas e nos adultos, a doença é particularmente grave.
Drauzio – As mortes ocorriam em virtude da gravidade do acometimento do aparelho respiratório pelo vírus ou por outras complicações que os doentes desenvolviam?
Gabriel Oselka – Pelos dois motivos. Parte dos pacientes morria por complicações da pneumonia causada pelo vírus do sarampo, que é bastante agressivo, e parte morria porque o comprometimento do aparelho respiratório facilitava a instalação de infecções bacterianas, o que evidentemente agrava o quadro.
INCUBAÇÃO E SINTOMAS 
Drauzio – Qual é o período de incubação do sarampo, isto é, quanto tempo leva entre o contágio e o aparecimento dos primeiros sintomas?
Gabriel Oselka – O período de incubação varia entre 10 e 18 dias. Em média, no final da segunda semana após o contágio, começam a aparecer as manifestações da doença (febre e sintomas respiratórios) e dois ou três dias depois, a erupção cutânea característica.
Drauzio  A febre é alta?
Gabriel Oselka – Geralmente, a febre é alta. Aliás, febre e tosse são sintomas constantes do sarampo.
Drauzio – O exantema é um sintoma bem característico. Você disse que, às vezes, as avós faziam o diagnóstico correto da doença assim que apareciam as manchas vermelhas na pele da criança.
Gabriel Oselka – Acontecia com o sarampo e acontece hoje com a varicela ou catapora, doença exantemática ainda frequente, porque a vacina não está disponível de forma ampla no serviço público, e as mães e avós fazem o diagnóstico com muita segurança. Hoje, a probabilidade de um adulto não ter tido catapora numa cidade como São Paulo é inferior a 5%. Por isso, quando queremos saber se um adulto já teve a doença, a informação geralmente é confiável. Do mesmo modo, no passado, quando alguém dizia que já tinha tido sarampo, a informação era confiável, porque o conjunto de manifestações clínicas da doença era bem conhecido. Na verdade, o sarampo é tão contagioso que a probabilidade de a pessoa ter chegado à idade adulta sem ter tido a doença era extraordinariamente pequena.
VACINA
Drauzio  Sarampo é uma doença causada por um vírus, para a qual não existia e não existe tratamento específico. No entanto, com o surgimento da vacina, praticamente o vírus deixou de circular no nosso país.
Gabriel Oselka – Para dar uma ideia do impacto que a vacinação contra o sarampo representou, é importante lembrar que, no Brasil, antes da vacina, praticamente todas as crianças que nasciam pegavam a doença e parte delas evoluía com complicações eventualmente fatais.
Drauzio – Quando surgiu a vacina contra o sarampo?
Gabriel Oselka – A vacina contra o sarampo é eficaz, segura e provoca pouca reação. Lançada na década de 1960, começou a ser utilizada mais amplamente no Brasil, no final dessa década, começo da década de 1970.
A estratégia empregada para produzi-la é a da atenuação do vírus. Na prática, isso significa que o vírus é manipulado e enfraquecido em laboratório. Embora continue a ser um vírus vivo, perde a capacidade de transmitir a doença. Quando a pessoa recebe a vacina, porém, responde do mesmo modo que responderia se tivesse entrado em contato com o vírus ativo da doença.
Drauzio – Qual é a proteção que a vacina oferece contra a doença?
Gabriel Oselka - A vacina do sarampo confere proteção permanente, isto é, para toda a vida.
Drauzio – Como se estabeleceu o programa de vacinação contra o sarampo no Brasil?
Gabriel Oselka - No Brasil, o aumento da cobertura vacinal, ou seja, do porcentual de crianças vacinadas, foi aumentando progressivamente. No Estado de São Paulo, depois de uma epidemia da doença em 1987, houve uma grande campanha de vacinação, que fez cair o número de casos com rapidez.
Em 1992, a partir de uma campanha nacional de vacinação contra o sarampo, a vacina foi mantida no esquema rotineiro de vacinação. Depois disso, o número de casos (1,2 milhões) baixou de tal forma que, desde 2000, 2001, não se registraram mais episódios de sarampo adquirido no país. Os que, por acaso, ocorreram foram todos importados. No pequeno surto de 2005, o caso inicial da doença foi adquirido fora do Brasil, mas conseguimos impedir a circulação do vírus na população brasileira.

Drauzio 
– Com que idade a criança deve tomar a vacina?
Gabriel Oselka – O esquema de vacinação brasileiro envolve a administração de duas doses. A primeira é dada logo depois que a criança completou um ano, geralmente sob a forma de vacina tríplice viral, isto é, que combina as vacinas do sarampo, rubéola e caxumba. A segunda dose é dada entre 4 e 6 anos de idade.
Embora a vacina contra o sarampo seja muito eficaz, em cada cem crianças de um ano que são vacinadas, 95 ficam protegidas contra a doença. O objetivo da segunda dose, portanto, é proteger os 5% que não se beneficiaram com a primeira. Felizmente, estamos muito perto de atingir os 100%.
Drauzio  Quem deixa de tomar a segunda dose aos 4 ou 5 anos, pode tomá-la mais tarde?
Gabriel Oselka – Não há limite de idade para a segunda dose. Não sei se as pessoas se lembram, mas em 1997, apesar do esquema de vacinação adequado no país, tivemos um surto de sarampo que teve como centro o estado de São Paulo. Só para dar uma ideia, no início da década de 1990, ocorriam de 10 a 15 casos de sarampo por ano no Estado. Em 1997, houve aproximadamente 24 mil casos confirmados.
Por que isso aconteceu? Porque gradativamente, ao longo dos anos, nossas coberturas vacinais, embora elevadas, não eram as ideais. A cada ano, 5%, 7%, 8% das crianças que nasciam deixavam de receber a vacina. Isso foi criando um grupo de indivíduos suscetíveis. Como havia também adultos jovens nascidos antes de o programa de cobertura vacinal ter sido implantado, que não foram vacinados nem contraíram a doença, e um grupo de crianças que não tinha sido imunizado adequadamente, houve um surto epidêmico. Para combatê-lo, foi realizada uma grande campanha de vacinação. Crianças, adultos e, não raro, pessoas de 60, 70 anos – embora essa não fosse a faixa de idade visada – receberam a vacina. Portanto, não há contraindicação para a vacina do sarampo. Ela é recomendada para crianças a partir de um ano de idade, mas pode ser dada para pessoas de qualquer idade.
BOLSÕES DA DOENÇA 
Drauzio – Onde ainda existem bolsões de sarampo no mundo?
Gabriel Oselka – O sarampo ainda é uma doença endêmica especialmente na África subsaariana. Segundo a Organização Mundial de Saúde, provavelmente 500 mil crianças, talvez mais, morrem todos os anos no mundo por causa do sarampo e suas complicações. Por isso, é grande o esforço da própria OMS, dos países e de muitas ONGs para aumentar as coberturas vacinais.
O exemplo brasileiro deixa claro que a vacinação é um método eficaz para a prevenção do sarampo. Apesar disso, a constatação mais dolorosa, palpável e triste a que se chega é que, nos países pobres e com sistema de saúde deficiente, a doença continua causando número extraordinário de mortes que poderiam ter sido evitadas. Em vista disso, países como o Brasil, que não têm mais casos autóctones da doença, precisam estar vigilantes para impedir a entrada do vírus. Como isso é impossível em virtude da grande circulação de pessoas e da rapidez com que transitam pelo mundo, a possibilidade de controle está em manter a população vacinada.
Apesar de o sarampo ter deixado de ser um problema de saúde pública no nosso país, continua sendo potencialmente uma ameaça, se não mantivermos as coberturas vacinais permanentemente elevadas. Enquanto houver casos da doença no mundo, corremos o risco de importar o vírus.
Drauzio – Num país como o nosso, em que o sistema de saúde dispõe de recursos limitados, não há o risco de afrouxar a guarda e deixar de vacinar a população contra uma doença que não mais existe no território nacional, para usar a verba em outras áreas da saúde mais carentes?
Gabriel Oselka - O risco existe, mas contamos com duas formas seguras para evitá-lo. Primeira: no meu entender, o programa nacional de imunizações do Ministério da Saúde e das secretarias de saúde dos estados e municípios é um sucesso. Há o comprometimento dos profissionais que trabalham no programa e o comprometimento político dos governos para manter a cobertura vacinal. Segunda: o programa de vacinação contra o sarampo é extremamente barato. A vacina é produzida no Brasil e uma dose custa alguns centavos de real. Portanto, em termos absolutos, a relação custo/benefício é bastante favorável à manutenção do programa.

XIV Seminário Nutrição em Saúde Coletiva acontecerá dia 28/11 na UERJ

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XIV Seminário Nutrição em Saúde Coletiva acontecerá dia 28/11 na UERJ:

O Instituto de Nutrição Annes Dias (INAD), da Superintendência de Promoção da Saúde, da Subsecretaria de Atenção Primária, Vigilância e Promoção da Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil, promoverá o XIV SEMINÁRIO DE NUTRIÇÃO EM SAÚDE COLETIVA: TENDÊNCIAS E DESAFIOS. O evento será realizado no dia 28 de novembro de 2012, das 8h30min às 16h, na Capela Ecumênica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), na Rua São Francisco Xavier, 524, Maracanã.

As inscrições para a participação são gratuitas, com número limitado de vagas e poderão ser realizadas até 25 de novembro de 2012. Os interessados necessitam preencher aqui o FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO

Na edição deste ano, haverá um painel que abordará os Conflitos de interesses na relação público e privado em Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva e uma mesa redonda tratará dos Desafios da Nutrição nas Doenças Crônicas Não TransmissíveisClique aqui e conheça a programação completa do evento.

Mais uma vez haverá apresentação de trabalhos que acontecerão por meio de comunicação oral. Cada apresentação disporá de 10 minutos e de recursos para projeção multimídia. Seguem abaixo as instruções e os prazos para envio dos resumos:

- Para envio do resumo, será necessária a inscrição de pelo menos um autor;

- O resumo deve ser enviado pelo FORMULÁRIO DE SUBMISSÃO DE RESUMOS disponível aqui.

- O conteúdo total do resumo deve ter no máximo 3.000 caracteres (contando espaços) e não deve incluir gráfico ou tabela;

- No caso da autoria do trabalho ser de estudante de graduação, pelo menos um dos autores deverá ser profissional habilitado e este será compreendido como orientador do trabalho;

- A data limite para envio dos resumos para o formulário eletrônico acima citado será até 31 de outubro de 2012;

- Os resumos serão analisados pela Comissão Organizadora dos Trabalhos e os aceites dos mesmos serão divulgados neste Blog  e encaminhados por correio eletrônico no dia 12 de novembro de 2012. Os esclarecimentos que se fizerem necessários poderão ser obtidos por meio do correio eletrônico seminarioinad2012@yahoo.com.br, prioritariamente, ou pelo telefone: 2244-6929.

Cardápio da próxima semana nas escolas e creches municipais

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Cardápio da próxima semana nas escolas e creches municipais: O Diário Oficial do Município divulgou nesta sexta-feira, 28, o cardápio da próxima semana (1º a 7 de outubro) nas escolas e nas creches da rede pública municipal ensino.

DICA de Documentário: Não sei fazer isso, mas sei fazer aquilo

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Documentário: Não sei fazer isso, mas sei fazer aquilo:
Documentário sobre os 'Distúrbios e Dificuldades de Aprendizagem'. É um vídeo recente da HBO que compartilho orgulhosamente com vocês. É muito emocionante. Vale a pena os 30 min que você puder abrir seu coração e realmente conhecer como as crianças sentem com seus distúrbios e transtornos e como nós educadores, podemos contribuir para a genuína inclusão.



SAÚDE NA CRECHE - PARCERIA COM O NSEC

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A referência da Creche Zilka é a Clínica da Família Marcos Valadão.
É um belíssimo trabalho de cruzamento de políticas públicas.
SAÚDE NA CRECHE - PARCERIA COM O NSEC:
           TODOS OS MESES TEMOS O PSE/NSEC NA CRECHE NUMA PARCERIA QUE VEM ATENDER AS CRIANÇAS E OS RESPONSÁVEIS POR ELAS. NOS MESES DE AGOSTO E SETEMBRO O TEMA OBESIDADE E VIDA SAUDÁVEL FORAM ESTIVERAM EM FOCO. A EQUIPE DO PSE ESTEVE NA CRECHE CONVERSANDO COM OS RESPONSÁVEIS E ORIENTANDO SOBRE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA UMA VIDA SEM DOENÇAS. VEJAM SÓ:

                     COM AS FAMÍLIAS DO PIC






                         
                         COM AS FAMÍLIAS DA CRECHE


















                   
         A PARCERIA COM O NSEC É FUNDAMENTAL PARA O CRESCIMENTO SAUDÁVEL DAS CRIANÇAS E AS ORIENTAÇÕES DADAS ÀS FAMÍLIAS É DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA PARA UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL. GOSTAMOS MUITO DESSA PARCERIA QUE VEM COMPLEMENTAR NOSSO TRABALHO EDUCATIVO.

RAP DA SAÚDE: Inscrições abertas até 15 de outubro

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RAP DA SAÚDE: Inscrições abertas até 15 de outubro:
O RAP da Saúde está com inscrições abertas para o ciclo 2012-2013!
Se você tem entre 14 e 29 anos, mora em uma comunidade próxima a um dos oito polos do RAP, é comunicativo, tem interesse pela área da saúde e deseja contribuir para o desenvolvimento de sua comunidade e de toda a cidade, vá em frente!
Se você mora em outra área da cidade do Rio de Janeiro, onde ainda não há um polo do RAP da Saúde, não se preocupe! Você também pode se cadastrar para participar da Iniciativa Juvenil – que promoverá encontros bimestrais de jovens e adolescentes para a construção compartilhada de soluções sociais.
Lembre-se: Para se tornar um jovem promotor da saúde, você precisa estar disposto a participar das atividades de formação, pelo menos três vezes por semana – e eventualmente aos finais de semana. Você terá uma ajuda de custo e todo o apoio de nossa equipe multidisciplinar.
Boa sorte! 
Saiba mais sobre o RAP da Saúde
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