terça-feira, 30 de outubro de 2012

DICAS PODEROSAS - Os 10 mandamentos do coração saudável

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Os 10 mandamentos do coração saudável:
Quais são as dicas para manter o coração firme e forte? Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Cardiologia elaborou uma lista com os 10 mandamentos do coração saudável. Cuide bem dele!

1. Não fume.
2. Adote uma alimentação saudável
3. Exercite-se 30 minutos diariamente
4. Controle a sua pressão arterial
5. Evite a obesidade.
6. Controle o seu colesterol e glicemia.
7. Verifique sua circunferência abdominal (até M=80cm H=90cm).
8. Evite o estresse.
9. Não beba álcool.
10. Siga as orientações do seu cardiologista.
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia

OPORTUNIDADE - Febrace 2013 tem inscrições prorrogadas para envio de projetos

http://portal.aprendiz.uol.com.br/Febrace 2013 tem inscrições prorrogadas para envio de projetos:
outnov
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Até 5 de novembro, estudantes de todo o Brasil podem se inscrever seus projetos na 11ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que acontecerá em 12, 13 e 14 de março de 2013, na Universidade de São Paulo (USP).
Podem participar alunos do Ensino Fundamental, Médio e Técnico que tenham idades entre 14 e 20 anos. Os trabalhos devem se enquadrar nas categorias: Engenharia, Ciências Exatas e da Terra, Humanas, Sociais Aplicadas, Biológicas, da Saúde e Agrárias.
Realizada pela Escola Politécnica, por meio do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI), a Febrace é considerada a maior feira de ciências e engenharia do Brasil. Os projetos submetidos são avaliados por uma comissão, que identifica os 300 projetos finalistas para exibição na feira em março na USP. Durante a feira, os trabalhos são apresentados ao público visitante e avaliados por professores mestres e doutores da USP e de instituições parceiras.
Como prêmio, os melhores projetos de cada área são contemplados com medalhas, troféus, certificados e equipamentos eletrônicos, além de prêmios institucionais como estágios e bolsas de estudo. Os estudantes também podem ter seu projeto escolhido para participar de uma feira internacional. A cada edição, são selecionados nove projetos para participar da Intel ISEF (International Science and Engineering Fair) – a maior feira de ciências e engenharia do mundo, para estudantes pré-universitários, realizada nos Estados Unidos.
Como participar
Até a data limite, os interessados em participar da feira devem enviar – pelo correio ou através do site da Febrace – cadastro contendo informações completas sobre os participantes, dados do projeto, plano de pesquisa, resumo do projeto (com no máximo 2000 caracteres), uma foto do projeto (opcional) e arquivo contendo o relatório final do projeto, em que os alunos apresentam seus resultados e observações.

Alunos de Unarizal (RN) apresentam projeto de energia eólica na Febrace 2012.

RAP DA SAÚDE: INSCRIÇÕES ATÉ 05 DE NOVEMBRO!

http://elosdasaude.wordpress.com/RAP DA SAÚDE: INSCRIÇÕES ATÉ 05 DE NOVEMBRO!:
Se você tem entre 14 e 29 anos, mora em uma comunidade próxima a um dos oito polos do RAP da Saúde, é comunicativo, tem interesse pela área da saúde e deseja contribuir para o desenvolvimento de sua comunidade e de toda a cidade, aproveite! O prazo para inscrições para o ciclo 2012-2014 do RAP da Saúde – Rede de Adolescentes e Jovens Promotores da Saúde – foi prorrogado até 5 de novembro, segunda-feira.
Se você mora em outra área da cidade do Rio de Janeiro, onde ainda não há um polo do RAP da Saúde, não se preocupe! Você também pode se cadastrar para participar da Iniciativa Juvenil – que promoverá encontros bimestrais de jovens e adolescentes para a construção compartilhada de soluções sociais.
Lembre-se: Para se tornar um jovem promotor da saúde, você precisa estar disposto a participar das atividades de formação, pelo menos três vezes por semana – e eventualmente aos finais de semana. Você receberá uma ajuda de custo e todo o apoio de nossa equipe multidisciplinar. Saiba mais sobre o RAP da Saúde.
Preencha o formulário abaixo e boa sorte!
Ou clique aqui para abrir o formulário de inscrição em outra janela.

Leia para uma criança – e para os bebês também!

http://www.samshiraishi.com/Leia para uma criança – e para os bebês também!:
Que a gente gosta de ler em casa com as crianças, todo mundo sabe. Meus filhos sempre gostaram de histórias e leram muito cedo, às vezes interpretando ao seu modo os livros, outras vezes supreendendo-nos com a leitura de iniciantes, outras com releituras mirabolantes. Boa parte disso veio do fato de termos encarado uma coisa que, quando engravidei deles, parecia maluca: ler para a barriga e para o bebê.
Quando, no início da minha primeira gestação, me falaram que ler para o bebê na barriga acalma e cria um vínculo afetivo com os pais, criando uma relação subjetiva com a voz de contador de história dos pais e ao mesmo tempo habituando os pais (e avós, por que não?) para este tempo juntos. Por crer nisso e ter lembranças carinhosas de meus pais e avós me contando histórias, encarei o desafio e li muito para a barriga e para os bebês. Nesta nova gestação, apesar de estarmos apenas no começo, já contamos histórias e desta vez são os irmãos que querem ler livros infantis para a irmãzinha que cresce na barriga da mamãe.
Por conta disso e porque agora temos o desafio de descobrir novos livros juntos, vibramos de alegria quando vimos que a Coleção Itaú de Livros Infantis está de volta e novamente envia exemplares gratuitos para a casa de cada uma das famílias interessadas em entrar neste universo maravilhoso da leitura.
Da experiência com os meninos, que amam ouvir e contar histórias até hoje, digo para os pais: leiam para seus filhos.
Os resultados são incríveis no aprendizado, desde o letramento até a alfabetização propriamente dita, com surpresas positivas na fase da produção de textos que deixa a gente mais feliz e entusiasmado com os resultados. Pode ser um livro simples, pode até ser algo que você e as crianças fizeram, mas quando são obras de autores renomados, planejadas para estimular ao máximo a criatividade infantil, aí sim é perfeito, por isso super recomendo esta coleção, que, como já contei nos outros anos da promoção, tem obras muito boas, altamente recomendadas para crianças.

E por que ler para uma criança?
Gostei destas 4 razões apresentadas no site da campanha:
1. Histórias podem mudar a história de uma criança. Crianças que ouvem a leitura de histórias aprendem melhor, desenvolvem a capacidade de se expressar e se comunicar com os outros.
2. Ler para uma criança contribui para a garantia de seus direitos. Quando um adulto lê para uma criança, oferece a ela o acesso à cultura, ao lazer e à educação. Além disso, a leitura aproxima o adulto e a criança e possibilita que compartilhem bons
momentos.
3. As crianças de hoje cuidarão do país amanhã.São 18 milhões de crianças e adolescentes de 0 a 15 anos que definirão o futuro do país daqui a 30 anos.
4. Você pode ser um grande leitor. Aventure-se e leia. Ao ouvir sua leitura, a criança
vai se familiarizando com a linguagem, construindo seu vocabulário e ampliando sua
capacidade de compreender o mundo.
Está convencido? Então aproveite a ação criada pela Fundação Itaú Social e peça sua Coleção Itaú de Livros Infantis, aceitando o convite para os adultos lerem para as crianças, buscando despertar desde cedo o gosto pela leitura.
Os livros desta coleção são: O ratinho, o morango vermelho maduro e o grande urso esfomeado (de Don Wood e Audrey Wood, editora Brinque-Book), Poesia Na Varanda (de Sonia Junqueira e Flávio Fargas, editora Gutenberg) e Lino (de André Neves, editora Callis). Para pedir sua coleção, basta entrar no link e preencher os dados.

LEGAL DEMAIS - Brasil mantém 95% de cobertura vacinal nos últimos 10 anos

http://www.blog.saude.gov.br/Brasil mantém 95% de cobertura vacinal nos últimos 10 anos:
Manter o calendário de vacinas em dia garante a saúde do bebê e ajuda o Brasil a continuar registrando altos índices de coberturas vacinais contra doenças imunopreviníveis. A cobertura vacinal no país nos últimos dez anos atingiu em média 95% para a maioria das vacinas do calendário da criança e em campanhas de vacinação. As doses são disponibilizadas gratuitamente nos 35 mil postos da rede pública.
O Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde instituiu calendários não só para o primeiro ano de vida, mas também para crianças, adolescentes, adultos e idosos. “O Brasil tem um dos melhores e mais complexos programas de imunização do mundo, oferecendo de forma gratuita vacinas contra diversas doenças. A vacina é uma aliada importante para controlar, combater e eliminar essas doenças; o Brasil é modelo para outros países que não conseguem atingir uma cobertura vacinal como a nossa”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
Como exemplo, em 2011, a vacina BCG, que combate a tuberculose atingiu 107,7% de cobertura vacinal; a tríplice viral, que combate sarampo, caxumba e rubéola atingiu 102,2% e meningocócica conjugada C, inserida no calendário em 2011, atingiu 105,5% de cobertura vacinal. Na campanha de vacinação contra poliomielite para menores de 5 anos de idade em 2012 foram vacinadas mais de 14 milhões de crianças atingindo uma cobertura vacinal de 98%. As campanhas de vacinação contra influenza também mostram a capacidade de mobilização do PNI na adesão da população ao chamado a vacinação. Neste ano foram registradas mais de 25 milhões de dose da vacina e a cobertura total atingiu 86,24% da população-alvo estimada em cerca de 30 milhões de pessoas.
O Ministério da Saúde disponibiliza 43 tipos diferentes de imunobiológicos: 26 vacinas, 13 soros heterólogos (imunoglobulinas animais) e quatro soros homólogos (imunoglobulinas humanas), utilizadas na prevenção e/ou tratamento de doenças. Desde a década de 70, estratégias diferenciadas como campanhas e vacinação de rotina resultaram na eliminação da varíola, em 1973, da poliomielite, em 1989, e, mais recentemente, em 2001, a eliminação da transmissão autóctone do sarampo no país. Além da erradicação destas doenças, o Programa vem controlando, por meio da vacinação, o tétano neonatal, as formas graves da tuberculose, a difteria, o tétano acidental e a coqueluche.
Novas Vacinas -  Em 2010, duas novas vacinas foram introduzidas no calendário vacinal: a pneumo 10 valente e a meningocócica conjugada. Com o objetivo de ampliar o uso das vacinas combinadas, o Ministério da Saúde incluiu em 2012, no calendário de vacinação da criança, a vacina pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B), visando diminuir o número de aplicações de injeções nas crianças. Nesse ano também foi incluída no calendário da criança a vacina inativada poliomielite com o esquema vacinal sequencial de quatro doses em crianças menores de um ano de idade que estejam iniciando seu calendário de vacinação. Para 2013, o Ministério da Saúde vai oferecer mais duas vacinas no calendário básico de imunização: contra a varicela e contra a hepatite A.
Caderneta de Vacinação - A servidora pública Luciana Curvelo sabe da importância de manter a caderneta de vacinação do filho Henrique, de um ano, em dia. “Acho que vacinar é fundamental e, tenho muito pena dele na hora da furadinha da agulha, mas sei que dói muito menos do que qualquer uma dessas doenças que podem ser prevenidas com a vacina”, diz a mãe.
A coordenadora do Programa de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, diz que a caderneta é tão importante quanto qualquer outro documento de identificação do cidadão. “A mãe deve sempre levar a caderneta de vacinação da criança toda vez que for aos serviços de saúde, em especial nas campanhas ou nas vacinas rotineiras. É uma oportunidade para que os profissionais de saúde avaliem a situação vacinal de criança e se houver alguma vacina em atraso, há a oportunidade de atualizar o esquema vacinal da criança”, diz.
Fonte: Kattiúscia Alves /Agência Saúde

FIQUE SABENDO - AVC: governo alerta para principal causa de mortes

http://www.blog.saude.gov.br/
AVC: governo alerta para principal causa de mortes:

O Ministério da Saúde alerta para os perigos da doença, que está entre as mais letais do mundo.| Fonte: Hank Grebe/Purestock/SuperStock/Corbis
No Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC), lembrado nesta segunda-feira (29), o Ministério da Saúde alerta para os perigos da doença, que está entre as mais letais do mundo. Só no Brasil, o número de vítimas fatais por AVC chega a quase 100 milhões de pessoas: passou de 84.713, em 2000, para 99.726, em 2010. Atualmente, a doença é responsável pela primeira causa de mortes registradas no país.
“Para que consigamos reduzir a taxa de mortalidade é fundamental que a população recorra aos serviços de saúde”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Mas, também é necessário que as pessoas se empenhem em adotar hábitos de vida mais saudáveis. A atividade física, sob supervisão adequada, é benéfica para a saúde em geral e retarda o aparecimento de doenças importantes, como o AVC”, completa o ministro.
Avanços – Apesar de ocupar o primeiro lugar no ranking geral de óbitos, a taxa de mortalidade por AVC na faixa etária que considera esses óbitos como mais evitáveis – isto é, até os 70 anos de idade – reduziu 32,6% entre 2000 e 2010. Nesta faixa, o índice caiu de 27,3 para 18,4 mortes para cada 100 mil habitantes, o que representa uma redução média anual de 3,2%. Em 2010, foram registrados 33.369 óbitos de pessoas com até 70 anos, por AVC.
Ano passado, foram realizadas 179.185 internações por AVC (isquêmico e hemorrágico), que custaram R$ 197,9 milhões para o Sistema Único de Saúde. Para ampliar a assistência a vítimas de Acidente Vascular Cerebral, o Ministério da Saúde investirá R$ 437 milhões no SUS até 2014. Deste total, R$ 370 milhões vão financiar leitos hospitalares. Os outros R$ 96 milhões serão investidos na incorporação e oferta do medicamento trombolítico alteplase.
Sintomas – Popularmente conhecido como derrame, o AVC atinge 16 milhões de pessoas no mundo a cada ano. Destes, seis milhões morrem – ou seja, 38%. Os sintomas mais comuns do Acidente Vascular Cerebral são a perda de força muscular de um lado do corpo, fala enrolada, desvio da boca para um lado do rosto, sensação de formigamento no braço, dores de cabeça súbita ou intensa, tontura, náusea e vômito.
Em casos de identificação desses sinais, o Ministério da Saúde recomenda a chamada urgente do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), pelo número 192. “Em caso de AVC ou qualquer outra urgência, o atendimento rápido pode minimizar o risco de morte e/ou seqüelas”, afirma Paulo de Tarso Abrahão, coordenador de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde.
A doença ocorre devido à alteração na circulação cerebral. No AVC isquêmico há a obstrução de um vaso sanguíneo cerebral, levando à diminuição da circulação em determinada região do cérebro. No hemorrágico, acontece a ruptura de um vaso sanguíneo, com sangramento dentro do cérebro. Os principais fatores de risco são a hipertensão, o diabetes, o colesterol elevado e o tabagismo.
Assistência – Com o aprimoramento de toda a rede de atendimento no SUS, o governo federal quer acelerar a redução da taxa de mortalidade por AVC. O Ministério da Saúde – que, este ano, instituiu a Linha do Cuidado do AVC – orienta que o tratamento deve incluir, necessariamente, a rede básica de saúde, o SAMU 192, as unidades hospitalares de emergência e leitos de retaguarda, a reabilitação ambulatorial, o ambulatório especializado e os programas de atenção domiciliar, entre outras estratégias de atendimento à população.
A assistência preconizada pelo ministério prevê o uso do medicamento alteplase somente em casos de AVC isquêmico. Aplicado até quatro horas e meia depois dos primeiros sintomas, o medicamento diminui em 30% o risco de sequelas do AVC. Isso significa a recuperação do quadro neurológico de mais pacientes comparando-se com aqueles que não recebem o tratamento com alteplase, além de reduzir em 18% a mortalidade.
Rede Hospitalar – Atualmente, há mais de 200 hospitais com condições de realizar atendimentos a pacientes com AVC. As instituições são habilitadas como centros ou unidades que tratam vitimas da doença. Além disso, esses locais podem usar o medicamento alteplase para o tratamento às vitimas de AVC isquêmico.
Serão criados 1.225 novos leitos em 151 municípios onde estão os 231 prontos-socorros responsáveis pelo atendimento de urgência e emergência especializado em AVC. A abertura dos novos leitos será definida, em conjunto, pelo governo federal, estados e municípios.
Fonte: Samuel Bessa /Agência Saúde

Sífilis

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Sífilis:
Na Grécia Antiga, não se conhecia a sífilis e as doenças sexualmente transmissíveis (DST) eram chamadas de doenças venéreas numa alusão a Vênus, a deusa do amor. No entanto, a sífilis já existia na Antigüidade, pois foram encontrados sinais da doença em tumbas egípcias do tempo dos faraós.
No começo do século XX, Shaudin descobriu que a sífilis era causada pela bactéria Treponema pallidum e Wassermann desenvolveu um teste para detectar a infecção no organismo.
Na década de 1960, os professores das faculdades de medicina diziam aos alunos que prestassem bastante atenção aos casos de sífilis, porque a doença iria desaparecer, uma vez que os métodos de diagnóstico eram seguros e o tratamento, eficaz, simples e barato. Na verdade, foi uma interpretação ingênua dos nossos mestres. A partir dos anos 1980/1990, o aumento dos casos de sífilis, uma doença sexualmente transmissível (DST), foi assustador, especialmente porque é uma doença infectocontagiosa sistêmica (acomete todo o organismo) e, se não for tratada precocemente, pode levar à morte.
PANORAMA MUNDIAL
Drauzio – Atualmente, qual é o panorama mundial da sífilis?
Luiz Jorge Fagundes – A estimativa da Organização Mundial de Saúde  é que ocorrem 30 milhões de casos novos da doença por ano no mundo. Na América Latina, esse número gira em torno de 11 milhões, 70% dos quais no Brasil. Isso quer dizer que aparecem de 3,5 milhões a 4 milhões de casos novos de sífilis todos os anos. Essa estimativa refere-se aos casos da doença adquirida de adultos, e não à sífilis congênita, transmitida da mãe infectada para o feto.
Não se pode deixar de mencionar, porém, que existem outras doenças sexualmente transmissíveis como a gonorreia, o HPV, a uretrite gonocócica, a clamídia, algumas com maior incidência do que a sífilis.
SÍFILIS PRIMÁRIA
Drauzio – Quanto dura o período de incubação que vai do contato sexual que provocou a transmissão da bactéria Treponema pallidum causadora da sífilis ao aparecimento da primeira lesão?
Luiz Jorge Fagundes – O período de incubação dura aproximadamente de três a quatro semanas. A primeira manifestação da doença (estágio de sífilis primária) é a presença do cancro duro, uma úlcera genital, que na maioria das vezes é uma lesão única, com borda bem definida, semelhante a uma moldura, sem pus no fundo e com base endurecida. Esse tipo de lesão é característico dos pacientes com imunidade integra. Nas pessoas com alterações da imunidade, por terem sido submetidas a transplantes e estarem tomando drogas imunossupressoras, ou por serem portadoras do vírus HIV ou já terem manifestado a Aids, as lesões deixam de ser únicas e passam a ser múltiplas. São lesões friáveis, ou seja, que sangram com facilidade, e, mesmo utilizando medicação específica, o tempo de cicatrização é muito superior ao dos pacientes com sistema de defesa integro.
Drauzio – Em que local dos genitais masculinos e femininos, essas lesões se assestam com mais frequência? 
Luiz Jorge Fagundes – No homem é na região do freio ou frênulo do prepúcio. Nas mulheres, na região da fúrcula, isto é, no encontro dos pequenos lábios. Por quê? Porque, nas relações sexuais, esses são o primeiro ponto dos genitais em que há atrito e os microtraumas permitem a passagem da bactéria Treponema pallidum do genital infectado para o não infectado.
Drauzio – Qual o destino da bactéria nas três ou quatro semanas do período de incubação?
Luiz Jorge Fagundes – Assim que a bactéria penetra, começa a multiplicar-se no organismo. A úlcera representa sua presença no local de inoculação. Quando ela agride o tecido dos genitais, em torno dessa agressão, desenvolve-se um processo inflamatório, cujas células, os linfócitos, são as mesmas que o vírus da Aids tem predileção por infectar. Esse é o ponto de intersecção entre a sífilis e a Aids. Existem outros, mas esse é o mais importante.
Já que ambas são doenças sexualmente transmissíveis, o fato de existir uma lesão sifilítica ulcerada que acarreta um processo inflamatório composto por linfócitos – as células-alvo do vírus da Aids – faz com que a lesão seja a porta de entrada para o HIV e um reservatório disseminador do Treponema pallidum.

Drauzio Isso é assustador. Você disse que, no Brasil, temos aproximadamente 3,5 milhões de casos novos de sífilis por ano. Isso significa que, potencialmente, 3,5 milhões de pessoas podem infectar-se com o vírus da Aids ou transmitir esse vírus. 
ESTÁGIO SECUNDÁRIO
Drauzio - O que acontece depois da fase primária da doença, cujo principal sintoma é o aparecimento da lesão chamada cancro duro?
Luiz Jorge Fagundes – Após o período de multiplicação, a bactéria entra na circulação, tanto sanguínea quanto linfática, e vai disseminar-se nos diversos órgãos.
Drauzio – O que acontece se a úlcera não for tratada?
Luiz Jorge Fagundes – Sem tratamento, a ferida pode desaparecer. Atribuímos esse desaparecimento às defesas do organismo que fabrica a resposta necessária para a lesão cicatrizar-se espontaneamente. Isso se chama imunidade do cancro. A pessoa acha que está curada, mas a bactéria continua se disseminando e acomete vários órgãos. É importante saber que, se ela entrar em contato novamente com um genital infectado pela bactéria não desenvolverá mais o cancro. Passa diretamente para o estágio do secundarismo, ou estágio secundário, no qual a doença é mais infectante e atinge todos os órgãos, inclusive o sistema nervoso central. Em se tratando de mulheres grávidas, nesse estágio, pode ocorrer comprometimento do feto.

Drauzio 
 Quando a bactéria se espalha por todos os órgãos provoca sintomas ou a infecção é silenciosa?
Luiz Jorge Fagundes – Antes do advento da Aids, durante mais ou menos seis semanas, havia um período de silêncio clínico e, posteriormente, apareciam manchas vermelhas na pele, chamadas roséolas sifilíticas, predominantemente, em torno da boca e nas regiões palmares e plantares. Essas lesões não coçam, não ardem, nem provocam qualquer outro sintoma.
Quando planas, as roséolas sifilíticas são denominadas manchas ou máculas, e recebem o nome de pápulas quando apresentam algum relevo. A sensação de quem olha é que o prurido deve ser intenso, mas elas não provocam nenhum sintoma. Uns poucos pacientes, porém, queixam-se de prurido muito discreto.
Drauzio – Qual é o tempo entre o desaparecimento do cancro e surgimento das roséolas que caracterizam a sífilis secundária?
Luiz Jorge Fagundes – Nas pessoas com a imunidade íntegra, geralmente seis semanas. Se o sistema de defesa estiver deprimido, esse período pode ser reduzido para alguns dias.
Drauzio – Essas manchas eritematosas podem desaparecer sem tratamento?
Luiz Jorge Fagundes – Podem desaparecer, mas a tendência é acentuarem-se.
Drauzio – Quando aparecem as alterações no sistema nervoso?
Luiz Jorge Fagundes – No passado, entre a sífilis primária e o comprometimento do sistema nervoso central podia haver um lapso de 15, 30 anos. Entretanto, na fase de cancro duro, podem aparecer alterações no sistema nervoso central. E digo mais: se a pessoa estiver infectada pela bactéria da sífilis e pelo vírus da Aids, como ambos têm tropismo (preferência) pelo sistema nervoso e provocam queda da resistência, há um sinergismo da agressão sem qualquer possibilidade de defesa do organismo. Por isso, nesses casos, o comprometimento do sistema nervoso pode ocorrer ainda na fase primária, o que não acontece quando o sistema de defesa está integro.
Uma característica importante da mudança provocada pelas coinfecções é a agressão precoce aos órgãos nobres. Antigamente, na fase secundária, primeiro apareciam as manchas na pele; depois, as lesões em torno do genital ou na região anal. Essas lesões chamadas de condiloma plano assemelham-se ao condiloma acuminado (manifestação característica do HPV) principalmente quando se localizam em áreas úmidas e a lesão é macerada.
Drauzio – A semelhança existe porque ambos têm o aspecto de pequenas verrugas ou saliências? 
Luiz Jorge Fagundes – Exatamente. Às vezes, porém, o condiloma plano da sífilis é constituído por um grupo de verrugas ou de pápulas e é necessário fazer exames específicos para definir o diagnóstico, pois o tratamento é diferente em cada caso.
Drauzio – Além das manchas na pele, que outras manifestações da doença na fase secundária costumam aparecer?
Luiz Jorge Fagundes – As pessoas se queixam de febre, mal-estar, dores nas juntas, cansaço, dor de garganta, rouquidão e dor ao deglutir, pois, muitas vezes, aparecem feridas no céu da boca, por exemplo. Paralelamente, pode ocorrer linfadenopatia generalizada, isto é, a presença de ínguas ou caroços nas regiões submandibular, axilares e inguinais, além de alterações ósseas e nas vísceras. Por definição, o secundarismo, ou estágio secundário, caracteriza-se pela multiplicação da bactéria em todos os órgãos. Onde houver vasos sanguíneos, oTreponema pallidum pode atacar e, dependendo do vaso, destruir os tecidos completamente.
ESTÁGIO TERCIÁRIO
Drauzio – Quais são as manifestações da sífilis no estágio terciário?
Luiz Jorge Fagundes – No estágio terciário, a sífilis pode provocar lesões cutâneas muito características. São lesões em relevo que lembram uma ferradura ou um semicírculo. Quando são mais agressivas e há comprometimento do tecido gorduroso, elas recebem o nome especial de goma. Na verdade, a agressão começa no tecido gorduroso e vai rompendo os outros tecidos até exteriorizar-se na pele. O mais importante, porém, na sífilis terciária é que essa goma pode manifestar-se na massa encefálica e levar as pessoas à demência, à paralisia ou à morte.
Drauzio  No passado, quando não havia tratamento para a sífilis, grandes nomes da literatura, das artes e da política, tiveram quadros de demência provocados por essa doença.
Luiz Jorge Fagundes – Existe uma tese de doutorado apresentada na Faculdade de Saúde Pública mostrando que 30% das pessoas internadas nos Manicômios do Estado são portadoras de demência sifilítica. Pela falta de tratamento na fase primária da doença, estamos pagando o ônus de ter quadros graves e irreversíveis da enfermidade. 
SÍFILIS CONGÊNITA
Drauzio – Quando a mulher grávida adquire a bactéria responsável pela sífilis, o que acontece com o feto?
Luiz Jorge Fagundes – Se a mulher tem um cancro primário, a possibilidade de o feto estar contaminado é de 70%, 80%. Se ela estiver na fase secundária, esse número sobe para quase 100%, porque é nessa fase que as bactérias se disseminam e, como a mulher não desenvolveu uma defesa completa, o feto desprotegido é infectado em virtude da grande quantidade de bactérias com alta virulência.
Drauzio  Quais as consequências para o feto? 
Luiz Jorge Fagundes - A primeira e a mais grave é a morte intraútero pela seguinte razão: ao destruir a parte interna dos vasos, a bactéria provoca um bloqueio e tudo que estiver adiante do vaso comprometido vai receber quantidade insuficiente de sangue ou, dependendo do grau de agressão, sangue nenhum. Se o problema estiver localizado nos vasos da placenta, gradativamente, a criança receberá menor aporte sanguíneo e menos oxigênio, o que leva à anemia grave, à insuficiência cardíaca e à morte dentro do útero.
Drauzio  O que acontece com os que não morrem intraútero?
Luiz Jorge Fagundes – A bactéria pode agredir o pulmão que adquire uma cor esbranquiçada, que faz lembrar a massa de vidraceiro, porque houve total maceração do órgão. Esse quadro é chamado de pneumonia alba. A criança nasce com a proteção materna, mas, quando tem de respirar por si, o pulmão não expande e ela morre. Se o comprometimento for parcial, ela viverá algumas horas antes de morrer.
Nos casos em que a criança sobrevive, pode apresentar sinais que caracterizam o quadro de sífilis congênita recente. Basicamente, são lesões bolhosas de pele semelhantes às do fogo-selvagem (pênfigo foliáceo), chamadas, por analogia, de pênfigos sifilíticos. Pode, ainda, apresentar alterações ósseas do crânio, nariz, face e comprometimento de todos os gânglios e das vísceras (fígado, rins, etc.)
TRATAMENTO
Drauzio – Como é feito o tratamento da sífilis?
Luiz Jorge Fagundes – O tratamento é feito com penicilina. Até o momento, não existe nenhum trabalho sugerindo que a bactéria da sífilis possa ser resistente à penicilina. No entanto, nos casos de agressão ao sistema nervoso central, a penicilina benzatina de ação lenta não funciona, porque o sistema nervoso é protegido por uma barreira que exige o uso de drogas específicas para ser atravessada. Nessas situações, é preciso usar a penicilina-cristalina, substância que consegue vencer a barreira hemato-liquórica e destruir o Treponema.
Como existe um exame capaz de detectar a sífilis intraútero, o tratamento das gestantes infectadas requer que sejam prescritas doses elevadas de penicilina para proteger o feto.
Drauzio  Felizmente, penicilina é uma droga barata e o tratamento, simples de fazer…
Luiz Jorge Fagundes – A OMS preconiza a utilização de 2 milhões e 400 mil unidades de penicilina. Nós aplicamos 1 milhão e 200 mil unidades em cada nádega, ou seja, por via intramuscular, as duas ao mesmo tempo. É uma dose única e definitiva. Esse recurso é interessante em Saúde Pública, porque dá a garantia de que realmente a pessoa recebeu o tratamento necessário. Quando se deseja obter êxito maior na diminuição das lesões clínicas e cicatrização mais rápida, faz-se o dobro dessa dose, 2 milhões e 400 mil numa semana e 2 milhões e 400 mil na semana seguinte.
Nas mulheres grávidas, como o volume de líquido fora dos vasos aumenta demais, a concentração de penicilina diminui e o feto fica pouco protegido. Para evitar que isso aconteça, aumentamos a concentração do medicamento.
Drauzio  O diagnóstico de uma pessoa com sífilis obriga a tratar imediatamente o parceiro?
Luiz Jorge Fagundes – Para não cair na abordagem sindrômica que os hospitais-escola tanto condenam, pedimos ao paciente uma prova específica e uma não específica para sífilis. Quando se fala isso, a pergunta é sempre a mesma: se existe a prova específica, por que fazer uma não específica? É que a não especifica permite obter títulos da reação no sangue e acompanhar a evolução da doença. Antigamente, essa classificação era feita por cruzes; agora, utiliza números.
Drauzio – Depois de receber o tratamento, quanto a pessoa precisa esperar para manter relações sexuais desprotegidas?
Luiz Jorge Fagundes – Nós damos um prazo de 15 dias para ter segurança de que não há mais viabilidade de nenhuma bactéria transmitir a infecção.
Drauzio – Onde as pessoas podem fazer os exames para diagnóstico da sífilis?
Luiz Jorge Fagundes - Esses exames são oferecidos pelo Estado e não só permitem fechar o diagnóstico, como também promover o acompanhamento clínico do paciente. O Ambulatório de Doenças Sexualmente Transmissíveis da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, que fica na Av. Dr. Arnaldo, em São Paulo (SP) oferece serviço gratuito à população residente na cidade e não há demanda reprimida de atendimento.