domingo, 11 de novembro de 2012

SUS oferece fitoterápicos como alternativa de tratamento

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A Aloe vera, a famosa babosa, é oferecida pelo SUS para o tratamento de psoríase e queimaduras. Foto: Corbis Images
Os benefícios das plantas medicinais e de medicamentos fitoterápicos são reconhecidos em todo o mundo como elementos importantes na prevenção, promoção e recuperação da saúde. Para ampliar o acesso a esses medicamentos, o Ministério da Saúde disponibiliza a utilização de fitoterápicos na rede pública. Atualmente, 12 medicamentos são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entre eles, estão a Aloe vera (Babosa) para o tratamento de psoríase e queimaduras, o Salix Alba (Salgueiro) contra dores lombares e a Rhamnus purshiana (Cáscara-sagrada) para prisão de ventre.
Financiados com recursos da União, estados e municípios, os medicamentos podem ser manipulados ou industrializados, e devem possuir registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os produtos são oferecidos em 14 estados: Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal.
São medicamentos que desempenham um papel importante em cuidados contra dores, inflamações, disfunções e outros incômodos, ampliando as alternativas de tratamento seguras e eficazes pelo SUS. Indicado para o alívio sintomático de doenças de baixa gravidade e por curtos períodos de tempo, os fitoterápicos podem ser produzidos a partir de plantas frescas ou secas e de seus derivados que ganham diferentes formas farmacêuticas, como xaropes, soluções, comprimidos, pomadas, géis e cremes.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, explica que os investimentos em pesquisas para a produção de medicamentos, a partir da flora brasileira, contribuem para o acesso da população e o seu uso racional. “O desenvolvimento dos fitoterápicos no Brasil incorpora as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental, numa mesma iniciativa”, observa.
Como todo medicamento, o fitoterápico deve ser utilizado conforme orientação médica. Para ter acesso, o usuário tem que procurar um profissional – médico legalmente habilitado em prescrever fitoterápicos – em uma das unidades básicas de saúde dos 14 estados que disponibilizam esses medicamentos. Nessas unidades, o cidadão pode receber atendimento médico gratuito. Com um documento de identificação pessoal e a receita atualizada em mãos, o paciente pode retirar o medicamento em uma das farmácias dessas unidades básicas.
Fitoterápicos no SUS – A promoção do acesso aos medicamentos fitoterápicos teve início em 2007, com a disponibilização pelas secretarias estaduais e municipais de saúde da Maytenus ilicifolia (Espinheira-santa), utilizada no tratamento de úlceras e gastrites, e da Mikania glomerata (Guaco), indicada para os sintomas da gripe. Em 2008, o Governo Federal aprovou o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. O programa tem como objetivo garantir à população o acesso seguro e o uso racional a plantas medicinais e aos fitoterápicos.
São diretrizes do programa a promoção da pesquisa, desenvolvimento e inovação; a regulamentação e produção de fitoterápicos e insumos à base de plantas medicinais e o cultivo e manejo dessas plantas. Também integram essas diretrizes a distribuição pelo SUS; a comercialização pelo setor privado; a capacitação de recursos humanos e a orientação aos usuários. A iniciativa, além de melhorar o acesso da população a tratamentos integrativos e complementares – seguros e eficazes – promove o uso sustentável da biodiversidade brasileira, o fortalecimento da agricultura familiar e o desenvolvimento tecnológico e industrial da saúde.
Este ano, o programa ganhou reforço com o repasse pelo Ministério da Saúde de R$ 6,7 milhões a 12 municípios em sete estados, para apoiar o projeto Arranjos Produtivos Locais de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no SUS. O montante visa o investimento na aquisição de equipamentos e materiais, contratação de pessoal e qualificação técnica para promover a interação e a cooperação entre os agentes produtivos, o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva, a produção e a distribuição de plantas medicinais e fitoterápicos no SUS.
RELAÇÃO DE FITOTERÁPICOS OFERTADOS NO SUS
Nome popular Nome científico Indicação
Espinheira-santa Maytenus ilicifolia Auxilia no tratamento de gastrite e úlcera duodenal e sintomas de dispepsias
Guaco Mikania glomerata Apresenta ação expectorante e broncodilatadora
Alcachofra Cynara scolymus Tratamento dos sintomas de dispepsia funcional (síndrome do desconforto
pós-prandial) e de hipercolesterolemia leve a moderada. Apresenta ação colagoga e colerética
Aroeira Schinus terebenthifolius Apresenta ação cicatrizante, antiinflamatória e anti-séptica tópica, para uso ginecológico
Cáscara-sagrada Rhamnus purshiana Auxilia nos casos de obstipação intestinal eventual
Garra-do-diabo Harpagophytum procumbens Tratamento da dor lombar baixa aguda e como coadjuvante nos casos de osteoartrite. Apresenta ação anti-inflamatória
Isoflavona-de-soja Glycine max Auxilia no alívio dos sintomas do climatério
Unha-de-gato Uncaria tomentosa Auxilia nos casos de artrites e osteoartrite. Apresenta ação antiinflamatória e imunomoduladora
Hortelã Mentha x piperita Tratamento da síndrome do cólon irritável. Apresenta ação antiflatulenta e
Antiespasmódica
Babosa Aloe vera Tratamento tópico de queimaduras de 1º e 2º graus e como coadjuvante
nos casos de Psoríase vulgaris
Salgueiro Salix alba Tratamento de dor lombar baixa aguda. Apresenta ação antiinflamatória
Plantago Plantago ovata Forssk Auxilia nos casos de obstipação intestinal habitual. Tratamento da síndrome do cólon irritável
Fonte: Tatiana Alarcon / Agência Saúde

FIQUE SABENDO - Dia Nacional da Surdez reforça a importância do teste da orelhinha

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Foto: Teste da Orelhinha – Senado Federal
O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez será lembrado neste sábado (10) e tem como objetivo levar informações sobre os cuidados necessários para a prevenção da perda auditiva. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE), mais de 9 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência auditiva, como não conseguir ouvir de modo algum, grande dificuldade ou alguma dificuldade em ouvir.
A pessoa que apresenta esses sintomas deve ser diagnosticada por avaliação clínica audiológica. O Ministério da Saúde disponibiliza a Triagem Auditiva Neonatal – TAN popularmente conhecida como “Teste da Orelhinha”, essencial para detectar possíveis alterações auditivas na criança. Ela é realizada por meio de dois exames por profissionais especializados (fonoaudiólogo e/ou médico otorrinolaringologista).
Quaisquer que sejam os exames utilizados para a triagem, são detectados recém-nascidos prováveis portadores de deficiência auditiva. Nesse caso, após o primeiro teste e reteste indicativos de problema auditivo, o recém-nascido deverá ser encaminhado para serviços especializados para diagnóstico médico e audiológico por meio de outros procedimentos.
Caso se confirme a deficiência auditiva os serviços devem ser responsáveis pelo início imediato do processo de reabilitação que envolve, entre outras medidas, a adaptação de aparelho de amplificação sonora individual (AASI), a terapia fonoaudiológica e orientação aos pais a respeito da perda auditiva e diferentes alternativas educacionais.
As crianças que apresentarem resultados satisfatórios na triagem, também deverão ser acompanhadas até os dois anos de idade, principalmente, aquelas que tiverem indicadores de risco para deficiência auditiva em sua história, pois a deficiência pode surgir tardiamente.
Atualmente o exame está disponível em 595 estabelecimentos do Sistema Único de Saúde. O exame é financiado pelo governo federal nos estados e municípios que tenham condições de realizar o teste. Neste ano, no período de janeiro a maio (20112) foram realizados mais de 184 mil testes de orelhinha.
Além das ações de qualificação da identificação e intervenção precoce da deficiência auditiva, o Ministério da Saúde tem se empenhado em regulamentar esta assistência, na perspectiva da atenção integral,  com uma abordagem multiprofissional e multidisciplinar, com ênfase nas ações de promoção a saúde, na reabilitação e na inclusão social.
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