segunda-feira, 1 de abril de 2013

Reflexões sobre o câncer de mama (II)

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mama 
O diagnóstico do câncer de mama exige biópsia do tumor, seguida de exame anatomopatológico. Por mais típica que seja a lesão no ultrassom, mamografia ou ressonância magnética, a necessidade do exame confirmatório no microscópio é absoluta.
Existem várias técnicas para tornar esse procedimento mais preciso e menos traumático:
1) Biópsia com agulha fina
Como o nome indica, a espessura da agulha reduz muito a dor, fato que não justifica realizá-la sem a aplicação de anestesia local, especialmente no caso de nódulos mais profundos. A desvantagem da agulha fina é que permite retirar fragmentos muito pequenos de tecido, nem sempre suficientes para os exames necessários para caracterizá-lo adequadamente.
2) Biópsia do tipo “core”
É feita com agulha mais grossa, portanto mais traumática, inconveniente minimizado com o emprego de anestésicos locais. Essa desvantagem é compensada pela qualidade do material obtido, em quantidades que permitem fazer o diagnóstico com mais segurança, definir e caracterizar o subtipo do tumor por meio de um exame que recebe o nome de imunohistoquímico.
3) Mamotomia
Está disponível apenas em alguns serviços. Não passa de uma biópsia realizada com o uso de um aparelho dotado de uma agulha que é introduzida sob anestesia local. Quando a extremidade da agulha está posicionada no interior do nódulo, o aparelho cria um vácuo que através dela aspira o tecido tumoral. A técnica permite recolher quantidades maiores de material e, eventualmente, retirar o nódulo inteiro.
4) Biópsia excisional
Também é chamada de biópsia a céu aberto. Nesse caso, o cirurgião anestesia o local e retira o nódulo – ou um fragmento dele – através de uma incisão na pele. Muito popular no passado, é uma intervenção pouco empregada hoje, porque precisa ser realizada em centro cirúrgico e é muito mais invasiva do que as biópsias com agulha.
Nos tumores pequenos, não-palpáveis, diagnosticados por imagens de rotina, as biópsias são orientadas pelo ultrassom ou pela mamografia. Para que mais tarde o cirurgião localize a lesão, o radiologista toma o cuidado de deixar um fio metálico bem fino com uma das pontas no local exato em que o nódulo foi biopsiado.

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