sexta-feira, 17 de maio de 2013

Dormência e perda da sensibilidade podem estar ligadas à hérnia de disco

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Foto: John Lund / Stephanie Roeser / Blend Images – Corbis
Dores nas costas atrapalham pequenos afazeres diários e podem ter diversas causas. Uma das mais comuns é a hérnia de disco, uma doença que pode atingir pessoas de qualquer idade, mas prevalece em indivíduos entre 30 e 50 anos. “Em jovens, está associada a determinados tipos de exercícios repetitivos e mal executados, o que causa uma compreensão do disco na lombar. Já na fase adulta ou idosa, entram as lesões degenerativas da própria vertebra. Dependendo da gravidade, as formas de tratamento podem variar entre a realização de uma cirurgia, prática de exercícios ou tratamento medicamentoso para diminuir a dor e o desconforto, os principais sintomas de quem possui a hérnia de disco”, explica o chefe da ortopedia do Hospital Federal da Lagoa, Henrique Barros.
Os sintomas de uma hérnia podem variar conforme a sua localização. “O principal sintoma da hérnia cervical, por exemplo, é a dor localizada no pescoço. É comum quem sofre com a hérnia cervical queixar-se de dores e a sensação de formigamento nos ombros e nos braços. Pode haver dificuldade em movimentar o pescoço e apresentar falta de força muscular. Já na hérnia de disco lombar, as principais queixas são as dores nas costas que irradiam para uma das pernas, coxas e podem chegar até os pés. Características ligadas à doença são dormência e a perda da sensibilidade. A dor localizada na lombar normalmente piora os movimentos, podendo intensificar quando o indivíduo tosse, ri ou mesmo quando se esforça para evacuar”, explica o ortopedista.
A manifestação dos sintomas é diferente dependendo da sua localização e intensidade da compressão da hérnia, que determinará se o indivíduo sentirá dor, perderá a sensibilidade ou apresentará fraqueza. “Tais sintomas podem surgir subitamente, desaparecer espontaneamente e retornar em intervalos pequenos. Mas, também podem ser constantes e ter longa duração. A princípio o tratamento é conservador, com analgésicos e anti-inflamatórios”, diz. Além disso, também é recomendado que o paciente procure melhorar a postura, fazer alongamentos e exercícios que fortaleçam a musculatura.
Segundo o especialista, caso os medicamentos não consigam reverter o quadro de dor ou dormência e a hérnia influencie nas funções motoras do paciente, é preciso pensar no tratamento cirúrgico. “Hoje, o tratamento é minimamente invasivo, oferecendo ótimos resultados com mínimos riscos ao paciente. Se o indivíduo persistir com algum desses sintomas, deve procurar o ortopedista para que ele faça uma avaliação minuciosa e determine se deve ao não fazer fisioterapia, devido à gravidade da lesão”, orienta.
Não existe um grupo específico de exercícios para a hérnia cervical. Cada caso é único, os exercícios devem ser personalizados, realizados com perfeição e com a indicação de um profissional para que o quadro não se agrave. “A prática de exercícios para a hérnia cervical é fundamental, durante a fisioterapia. Por exemplo, exercícios que fortalecem os músculos das costas ajudam a melhorar a postura. Um fisioterapeuta é o profissional indicado para ensinar e orientar o paciente, para que ele pratique em casa e melhore o quadro”.
O ortopedista orienta como prevenir casos de hérnia de disco lombar. “A primeira coisa ao se pensar em hérnia de disco lombar é que o paciente evite o sobrepeso, tenha hábitos de vida saudáveis, realize exercícios abdominais, que colaboram para reforçar a musculatura abdominal e vertebral, e faça alongamentos ao longo do dia”, orienta.
O ortopedista lembra que todo exercício precisa ser orientado por um profissional, para que não haja um desgaste muscular e nem a compressão do disco da lombar.
Como diagnosticar a hérnia de disco? - “Um exame físico cuidadoso é quase sempre o primeiro passo para diagnosticar a hérnia de disco. O médico examinará o pescoço, ombros, braços e mãos ou na região lombar, quadris, pernas e pés. O ortopedista precisa realizar uma avaliação desses sintomas, além de ser necessário uma série de exames de imagem, como a tomografia computadorizada, ressonância magnética e radiografia da coluna”, finaliza.

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