quinta-feira, 27 de junho de 2013

ATENÇAO COM SUA AUDIÇÃO - Festa Junina: Muita festa e perigo para a audição

http://www.blogdasaude.com.br/
festa junina
Fonte: Baruco Comunicação
Fogos de artifícios, rojões e bombinhas estão sempre presentes nas festas de São João, comuns nesta época do ano. O que muita gente não sabe são os riscos que tudo isso pode trazer, então aqui vale o alerta da fonoaudióloga Elisabetta Radini, responsável pela área de audiologia na empresa Oto-Sonic.  “Fogos de artifícios podem gerar perdas auditivas severas e irreversíveis. É preciso tomar muito cuidado”.
De forma perceptível, as internações envolvendo acidentes com fogos de artifícios totalizaram 578, em 2011, e 580, em 2012 – sem contar os casos de morte -, os dados são do Ministério da Saúde. Igualmente prejudiciais, embora muitas vezes passe desapercebido, são os casos de perda auditiva, temporário ou permanente.
O grande problema é a intensidade do barulho dos fogos, em especial do rojão. Mas, a fonoaudióloga lembra que é preciso avaliar também a proximidade com que eles são estourados das pessoas. O trauma acústico pode ocasionar perda auditiva uni ou bilateral e é preciso estar atento, pois geralmente, a perda auditiva é unilateral (de um único lado), com queixa de aparecimento imediato de zumbido.
blog_piscandoAzulClaroEm todo caso de trauma acústico, o mais indicado é procurar um médico otorrinolaringologista, para avaliar se a perda causada pelos fogos será temporária ou irreversível.
O trauma acontece devido ao pico de pressão sonora que exerce no momento do estouro, que chega a 140 dB. Radini lembra que um volume de 85 decibéis é suportável por até oito horas consecutivas. Para cada cinco decibels a mais, o limite de horas cai pela metade. Se fosse um som ininterrupto, o estouro dos fogos de artifício seriam suportáveis por apenas 0,23 segundos.
Segundo o protocolo do Ministério da Saúde, o PAIR (Perda Auditiva Induzida por Ruído), geralmente, a intensidade sonora capaz de provocar trauma acústico é de 120dB (NA*) ou 140dB (NPS**), tendo como origem explosões de fogos de artifícios, disparos de armas de fogo, entre outros.  Estudos revelam que esta intensidade pode ser medida a 3 metros de distância da explosão.
Elisabetta Radini ressalta: “na grande maioria dos casos, a perda é irreversível”. Ela explica que isso acontece porque o som produzido é muito forte. “O som vai percorrer todo ouvido, chegando às células, pois o barulho é rápido e inesperado. Por este motivo, o ouvido não tem tempo de se proteger, fazendo com que o som atinja as primeiras células da cóclea, que são as responsáveis pelas frequências agudas.”
No caso de ocorrer um trauma temporário, a fonoaudióloga lembra que alguns cuidados precisam ser tomados. “É necessário que a pessoa que já está com perda auditiva temporária evite ambientes ruidosos e até mesmo alguns medicamentos que podem favorecer a evolução do quadro, conforme orientação médica”, afirma Elisabetta. “O ideal, em casos de trauma acústico, é sempre procurar um otorrinolaringologista para uma avaliação mais criteriosa” alerta.

  • *dB NA (nível auditivo) = é o nível sonoro que o nosso ouvido percebe
  • ** dB NPS (nível de pressão sonora) =  é o nível medido por um equipamento 

Nenhum comentário:

Postar um comentário