quarta-feira, 15 de maio de 2013

Organização de atividades ajuda a controlar distúrbios do sono, orienta especialista

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Foto: David Cleveland / Image Source / Corbis
Quando o despertador toca na segunda-feira, algumas pessoas precisam fazer um grande esforço para abrir os olhos, e, mesmo assim, não conseguem despertar com facilidade. Essa dificuldade em acordar no primeiro dia útil da semana é bastante comum e ocorre porque as pessoas modificam os horários do sono nos fins de semana. Geralmente, dormem e levantam mais tarde no sábado e no domingo.
“O ideal é não abusar dois dias seguidos. Se dormiu muito tarde na sexta-feira, durma mais cedo no sábado. Tentar evitar o cochilo durante a tarde de domingo também é importante, para não ficar sem sono e dormir muito tarde”, aconselha a otorrinolaringologista e especialista em Medicina do Sono, Luciane Mello, responsável pelo Ambulatório de Ronco e Apneia do Hospital Federal da Lagoa (RJ), vinculado ao Ministério da Saúde.
De acordo com a especialista, é importante evitar desconfortos perto da hora de dormir, como ficar exposto à luz de computadores ou aparelhos de TV ou ingerir bebidas que contenham cafeína ou álcool, por exemplo. Embora o álcool seja um depressor do sistema nervoso central e cause sono, a qualidade é afetada. “O álcool fragmenta o sono. Ele impede que a pessoa atinja uma fase mais profunda do sono, e esse se torna leve e superficial. Isso dificulta acordar cedo. Por isso é indicado evitar bebidas alcoólicas, principalmente, no domingo”, explica Luciane.
Atraso e avanço de fase – Cada um tem um padrão de sono diferente. A médica do Hospital Federal da Lagoa lembra que há casos de alterações no sono que estão relacionados com o relógio biológico, fazendo com que a pessoa atrase ou adiante o horário de início de sono. Na chamada síndrome do atraso de fase de sono, por exemplo, a pessoa não consegue dormir cedo. Mas, devido aos compromissos do dia seguinte, é obrigada a levantar. Resultado: a quantidade de horas de sono acaba sendo insuficiente.
“As pessoas que dormem mais tarde, acordariam mais tarde, se pudessem. É o relógio biológico delas. Elas precisam ser muito disciplinadas porque têm que se ajustar e acordar mais cedo. Para quem possui esse distúrbio, o ideal seria trabalhar no turno noturno. Se isto não for possível, uma dica é praticar exercícios físicos logo pela manhã, para estimular o organismo”, orienta Luciane.
No avanço de fase, por sua vez, a pessoa tem sono mais cedo, logo no final da tarde ou começo da noite, e desperta naturalmente muito cedo. Como no atraso de fase, não há alteração na qualidade nem na quantidade de sono, somente é necessária uma adequação dos horários. “Essas pessoas não vão muito ao consultório procurar ajuda profissional porque o avanço de fase não atrapalha no trabalho. Somente em ocasiões sociais, como não conseguir ir a um evento, mas a maioria não percebe que isto é uma síndrome”, conta a otorrinolaringologista.

ATENÇÃO - 10 doenças que podem ser evitadas pelo simples hábito de lavar as mãos

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Suas mãos estão limpas? Tem certeza?
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De um lado, uma pessoa tosse. De outro, espirra. É o tempo anunciando sua mudança com a sinfonia de pessoas assoando ou fungando o nariz. Para prevenir sua saúde de algumas doenças típicas dessa época, e de outras enfermidades oportunistas, nada melhor que… Lavar as mãos! O simples ato de lavar as mãos pode te livrar de diversas doenças, além de ajudar o Brasil a economizar US$ 12 bilhões.
Pense na sua rotina e responda: quantos objetos você toca? Difícil contabilizar, não é. Imagine a condição das suas mãos se você não tiver uma higiene adequada.
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Vivemos compartilhando objetos. Dentro do transporte público, por exemplo, onde alguém procura se segurar na barra de ferro para não cair, outra pessoa também faz o mesmo. No trabalho, no shopping, em uma festa, em um evento, na lanchonete, e em outros lugares, o banheiro é comum a todos e esse local reserva grande oportunidade para as bactérias e fungos agirem: a maçaneta, a descarga, a torneira. Sem falar que, entre um evento e outro, as pessoas costumam manipular dinheiro, celular e alimentos, proliferando ali a Hepatite A ou a Conjuntivite, por exemplo. Para se ter uma ideia do risco, uma pesquisa da Universidade do Arizona (EUA) constatou que o celular pode ter 10 vezes mais bactérias do que vasos sanitários.
Muitas vezes, é inevitável “conviver” com esses riscos, assim como é da natureza ter bactérias, vírus e fungos por todos os lados. Mas, tratando de enfermidades, a prevenção mínima com a higiene é fundamental. Veja abaixo as principais doenças que podem ser evitadas pelo simples hábito de lavar as mãos:

01 

Hepatite A:

Principal causa de hepatite aguda, o vírus da hepatite A é eliminado pelas fezes, desta forma, ao não higienizar a mão o indivíduo pode contaminar outra pessoa diretamente ou através da contaminação de alimentos.
Sintomas: alguns casos têm poucos sintomas, mas outros são caracterizados principalmente por mal-estar, náuseas, vômitos, amarelamento dos olhos e pele (icterícia), urina com cor semelhante a da coca-cola e desconforto abdominal.
Recomendações: a lavagem criteriosa das mãos é suficiente para impedir o contágio de pessoa para pessoa. Além disso, não coma frutos do mar crus ou mal cozidos e verifique se os instrumentos usados para fazer as unhas foram devidamente esterilizados.

Gastroenterites:

De acordo com a Unicef e a Organização Mundial de Saúde (OMS), a lavagem das mãos com sabonete pode reduzir infecções diarreicas em até 40%.
“Para que a infecção ocorra, é necessário que os germes sejam ingeridos e isso acontece quando as pessoas não lavam as mãos com água e sabão após ir ao banheiro ou trocar fraldas, e também em piscinas e lagos com quantidade insuficiente de cloro” – Dra. Thaís Guimarães, infectologista do Hospital das Clínicas.

02 

Rotavírus:

É transmitido por via fecal-oral, pelo contato direto entre as pessoas, por utensílios, brinquedos, água e alimentos contaminados. É importante causa de doença diarreica, principalmente em crianças, podendo levar a quadros de diarreia aguda, geralmente aquosa, sem sinais de muco e sangue. Sintomas: vômitos; febre; coriza e tosse, às vezes; e, em muitos casos, desidratação.

03 

Shigella e Salmonella:

Bactérias causadoras de quadro diarreicos, muitas vezes relacionadas a surto por contaminação de alimentos. Causam diarreia volumosa, com náuseas e vômitos.
Recomendações: além de lavar bem as mãos, principalmente após usar o banheiro, lembre-se de lavar bem os alimentos (deixe mergulhados em solução desinfetante frutas e legumes que vão ser ingeridos crus); e use água tratada para beber e no preparo dos alimentos.

04 

Escabiose (sarna):

Doença altamente infecciosa causada pelo parasita Sarcoptes scabie, transmissível pelo contato íntimo entre pessoas ou mesmo através das roupas. Esse parasita se alimenta da queratina, ou seja, proteína que constitui a camada superficial da pele.
As lesões mais comuns ocorrem entre os dedos das mãos e é, especialmente, a mão que serve de veículo para levar a escabiose a outros pontos do corpo. No homem, a infecção é comum nos genitais e, na mulher, nos seios.
Sintomas: prurido ou coceira, sintoma que se acentua à noite; pequenas lesões que podem formar uma crosta provocada pelo ato de coçar o local.
Recomendações: a escabiose é comum, principalmente, em locais de má higiene, então, além da higiene da mão ser fundamental, procure realizar troca de roupas diariamente porque o ácaro sobrevive horas, às vezes dias, fora do corpo. 

05 

Bronquiolite:

Pelo fato de seu aparelho respiratório não estar totalmente desenvolvido, bebês prematuros e menores de um ano correm risco maior de contrair a doença causada pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). As mãos e os objetos contaminados pela secreção impregnada de vírus vivos são veículos importantes para transmitir as viroses.
Sintomas: respiração difícil e acelerada; chiado; febre; e tosse.
Recomendações: lavar as mãos antes de chegar perto do bebê, sem dúvida nenhuma.

06 

Gripe:

É causada pelo vírus Influenza, transmitida por via respiratória através de gotículas eliminadas por tosse ou espirro, penetrando pelas mucosas do nariz, olhos e garganta. Ela também ocorre pela contaminação das mãos com secreções respiratórias, contato direto com outras pessoas (aperto de mãos) ou indireto (tocar em superfícies contaminadas).
Sintomas: na gripe clássica sazonal (Influenza A H3N2 e Influenza B) os principais sintomas são febre, dor de garganta, coriza e dor de cabeça. Nos casos de H1N1, além dos sintomas já descritos, o doente sente dificuldade para respirar.
Recomendações: nesta época de mudança de temperatura é quando se observa o aumento de casos de gripe, então, reforce a limpeza das mãos com bastante água e sabão ou desinfete-as com produtos à base de álcool; Se puder, evite aglomerações e o contato com pessoas doentes; Não leve as mãos aos olhos, boca ou nariz depois de ter tocado em objetos de uso coletivo.

07 

Varicela (catapora):

A transmissão do vírus da catapora ocorre por contato direto através da saliva ou secreções respiratórias da pessoa infectada ou por contato com o líquido do interior das vesículas.
Sintomas: início inespecífico de febre, mal-estar geral, posteriormente com aparecimento de lesões inicialmente avermelhadas, evoluindo para vesiculares e posteriormente para crostas.
Recomendações: procure evitar contato direto com pessoas doentes; e lave bem as mãos.

08 

Conjuntivite:

A conjuntivite pode ser causada por reações alérgicas a poluentes ou substâncias irritantes como poluição e o cloro de piscinas, por exemplo, e por vírus e bactérias. Neste último caso ela é contagiosa.
Sintomas: olhos vermelhos e lacrimejantes; pálpebras inchadas; sensação de areia ou de ciscos nos olhos; secreção; e coceira.
Recomendações: é preciso evitar ao máximo o contato pessoal e com objetos dos portadores da conjuntivite. Por isso, toalhas de rosto e de banho, lenços e certos tipos de roupas não devem ser compartilhados. Outra medida importante é não coçar os olhos. Coçá-los promove uma agressão física prejudicial e o agente da infecção pode ser transmitido pelas mãos. Por isso, é indispensável lavá-las com frequência. Se a coceira incomodar, uma compressa de água gelada é suficiente para aliviar o sintoma.

09 

Candidose (ou candidíase):

A primeira micose que uma pessoa pode pegar na vida é a candidose, conhecida popularmente como sapinho. Geralmente, ocorre quando a criança tem um ou dois meses e entrou em contato com o mundo do lado de fora do útero materno.
É causada por um fungo oportunista – a cândida – que, normalmente, é encontrado na boca, intestinos e na vagina. O contágio pode acontecer porque a criança teve uma diarreia e colocou a mão contaminada na boca, ou porque o bico do seio, as mãos da mãe ou algum objeto (bico da mamadeira, chupeta) estão infectados. Portanto, a doença tem caráter endógeno, isto é, sua origem está no próprio organismo da criança, ou caráter exógeno porque pode ser adquirida pelo contato com alguma superfície contaminada. Às vezes, a mãe ou uma mulher próxima têm cândida na vagina e contaminam as mãos, e isso pode promover a infecção da criança.
Sintomas: caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas bolas brancas que podem formar placas principalmente na língua, mas também nos lábios e, às vezes, fora da boca.
Recomendações: um cuidado tão simples como lavar as mãos antes de lidar com a criança, na verdade, é a melhor profilaxia que existe para o sapinho. Evitar ficar beijando o nenê, especialmente se for portador de algum problema; e é importante esterilizar bicos de mamadeira e chupetas e prestar atenção nos brinquedos que a criança põe na boca.

10Infecção hospitalar:

As infecções relacionadas à assistência à saúde – também conhecidas como infecções nosocomiais ou hospitalares – são definidas como “uma infecção que ocorre durante o processo de cuidado/assistência em hospital ou outro serviço de cuidado de saúde, que não estava presente ou incubada no momento da admissão do paciente”.
As mãos dos profissionais de assistência à saúde constituem o veículo mais comum para transmissão de micro-organismos de um paciente para outro, de um local do corpo para outro no mesmo paciente, e de um ambiente contaminado para os pacientes.

 11 passos para lavar as mãos corretamente (clique na imagem para ampliar)

Imagem: Anvisa
Imagem: Anvisa
Fontes:
Drª Rebecca Saad Bellini, infectologista do Hospital São Camilo
Drª Thaís Guimarães, infectologista do Hospital das Clínicas
Dr. Drauzio Varella (site

Institui diretrizes e ações para manutenção da paz nas escolas e unidades de saúde e dá outras providências.

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LEI 5583  de 14 de maio de 2013.
DIÁRIO OFICIAL  de 15 de maio de 2013
Institui diretrizes e ações para manutenção da paz nas escolas e unidades de saúde e dá outras providências.
  Autor: Vereador Paulo Messina
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO,faço saber que a Câmara Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º É obrigatória a notificação de autoridades em casos de violência contra a criança e o adolescente nos estabelecimentos de educação e saúde, públicos e privados, no âmbito do Município do Rio de Janeiro.
§ 1º Para os casos de violência que estejam claramente previstos no Código Penal Brasileiro, a notificação deverá ser feita à autoridade policial e ao Conselho Tutelar da localidade.
§ 2º Para os casos de violação do Estatuto da Criança e do Adolescente e todos os demais casos não pertinentes aos parágrafo anterior, a notificação deverá ser feita ao Conselho Tutelar da localidade.
Art. 2º O não cumprimento do disposto nesta Lei sujeitará as unidades de saúde e de educação, públicas e privadas, no Município do Rio de Janeiro e, solidariamente, seus respectivos agentes, às sanções administrativas e legais previstas no art. 245 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.
Art. 3º Essa Lei entra em vigor na data de sua publicação.
EDUARDO PAES

PSE - NSEC 06 HOMENAGEM AS MÃES EDI ANA DE BARROS CÂMARA 15/05/2013.

 http://smsdc-cms-fazendabotafogo.blogspot.com/
PSE - NSEC 06 HOMENAGEM AS MÃES EDI ANA DE BARROS CÂMARA 15/05/2013.:
CMS FAZENDA BOTAFOGO - EQUIPE LACY FERREIRA -ACS SANSUIR , DIRETORA WANDA LUCIA E ACS DELMA.







DECRETO DETERMINA PONTO FACULTATIVO NAS REPARTIÇÕES PÚBLICAS MUNICIPAIS NO DIA 31

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DECRETO DETERMINA PONTO FACULTATIVO NAS REPARTIÇÕES PÚBLICAS MUNICIPAIS NO DIA 31: DECRETO Nº 37151 DE 14 DE MAIO DE 2013

Estabelece ponto facultativo nas repartições públicas municipais no dia 31 de maio de 2013.

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela legislação em vigor,

DECRETA:

Art. 1º O ponto será facultativo nas repartições públicas municipais no dia 31 de maio de 2013, excluídos desta previsão os expedientes nas Unidades de Saúde, básicas e hospitalares, da Secretaria Municipal de Saúde, bem como nos demais órgãos cujos serviços não admitam paralisação.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

Rio de Janeiro, 14 de maio de 2013; 449º ano da fundação da Cidade.

EDUARDO PAES

Disponível em <http://doweb.rio.rj.gov.br/> acesso em 15 maio 2013 (edição de 15 maio 2013) 

Morte: Como falar dela quando chega a hora?

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Boas orientações para momentos difíceis  e deleicados da vida.
Morte: Como falar dela quando chega a hora?:
Alguns assuntos são extremamente delicados para tratarmos com as crianças. Alguns temas são complexos até para adultos, daí nossa dificuldade de escolher as palavras para discutir eles com as crianças. Confesso que já tem um tempinho que eu vejo nas prateleiras os livros que falam sobre o luto e fico inclinada a comprar, mas sempre faço outra opção... evitando lidar com a morte e encarar a finitude.
Então a Raquel deu a ideia (que eu já deveria ter tido), de colocar aqui no blog, um  texto feito pelo Max (o maridão), com este tema. O Max e a Raquel são pais que lutam por uma educação de qualidade para seus filhos, mas não falo só daquela que a escola oferece, eles fazem parte deste processo, tratando assuntos que trazem benefícios para seus filhos e toda família. O Max escreve toda segunda-feira para o VILA MAMÍFERA, sobre estes e outros temas, tratando sempre da paternidade responsável (que não é sobrenome na certidão), mas a participação ativa na criação e educação dos filhos. Também é um ótimo contador de histórias e usa este recurso para ensinar os filhos de forma leve e divertida, afinal, até a morte merece ser tratada com respeito.
MORTE (Como falar dela quando chegar a hora)
 No mesmo dia em que nascia a Vida, nascia também a Morte. Irmãs gêmeas, filhas do mesmo pai, o Criador do Mundo, filhas da mesma Mãe, a Terra…” (O dia em que a morte quase morreu, Sandra Branco).

Tabu maior que falar de dinheiro, para bom brasileiro, só mesmo falar sobre a morte. Por isso chamou-me tanto a atenção o livro da história acima. Também porque sugeria uma maneira mais fácil dos meus filhos entenderem do que se trata. Acho que, na verdade, sou eu que não sei lidar muito bem com o assunto e fico procurando auxílio. Mas jamais pensei que esta história seria útil tão breve.
Na primeira aula que eu tive de Filosofia de Direito o professor disse que a morte de uma criança é sempre um momento trágico e de muita dor, mas “previsível”, já que somos todos mortais. Pensando nisso conclui que se as crianças podem morrer a qualquer momento, muito mais chances de morrer a qualquer momento tem os adultos. E, se podemos todos morrer a qualquer momento, melhor aproveitarmos o maior tempo possível da companhia de nossos entes queridos, no meu caso, especialmente, da minha esposa e dos meus filhos.

Graças ao bom Deus tenho meus filhos em minha companhia. Mas logo em tão tenra idade, perto de completar 5 anos, meu filho perdeu seu melhor amigo. Aparentemente uma bactéria resistente se alojou no rim desse menino muito querido e ele se foi em poucos dias. Não levamos as nossas crianças ao velório nem tampouco ao funeral, pois o choque da notícia não nos permitiu raciocinar em como lidar com a situação e com as possíveis reações das crianças.

Acho que demorou uns dois dias para darmos a notícia para as crianças. Fizemos aquele rodeio tradicional, escolhendo as palavras e explicando a sequência de acontecimentos, com o coração na mão. Quando terminamos, meu filho perguntou: “- Como?” Parecia que ele não tinha ouvido nada. Acho que não fomos muito objetivos. Explicamos de outra forma, mas o assunto ficou no ar até a missa de 7º Dia, acho que por minha causa, porque eu ficava bloqueando as emoções e evitando o assunto, fugindo do meu filho quando ele abordava o tema.

Quando fui com minha filha revelar uma foto como recordação para presentear os pais, foi ela – com apenas 3 anos de idade – que sacou da caixola a referência a história acima: “- Foi a ‘Moite’ (Morte) né papai?”. Demorei alguns segundos para entender o que ela queria dizer. Quando entendi, foi como quando Moisés abriu o Mar Vermelho. Voltamos para casa, reuni a família, li a história e, ao final, a Raquel completou que nosso amiguinho tinha virado uma estrelinha, apontando para o céu, que começava a pipocar com as primeiras estrelas da noite.

Isso não fez da situação menos difícil, mas nos pareceu que foi bem mais fácil das crianças entenderem. Acho que falar sobre o assunto e abrir nossos corações também foi importante para meu filho lidar “melhor” com a situação e desejar ao nosso amigo, como desejamos: “Descanse em Paz. Nunca esqueceremos de você.”
 Saiba mais sobre o Max e os temas que ele escreve,  clicando na imagem abaixo:
Maximilian Köberle, Max para facilitar. Penso que ser pai é uma missão a ser cumprida com amor e louvor. Leonino, gosto dos meus filhos independentes, mas por perto. Sou pai do Gabriel, 7, e da Isadora, 4, com os quais comecei minha formação como contador de histórias. Com 37 anos penso que sei, mas nada sei. Advogado, com muito orgulho. Gosto de atividade física, de boa leitura, de rock´n roll e de curtir a natureza. 11 anos muito bem casados com a Raquel (Quel, como ela gosta), canceriana, sensível e simpaticíssima (acertei na loteria!). Publicações às segundas feiras.
DICA DESTE BLOG: Ao longo destes muitos anos de profissão (12) - apesar de não ter estudado este tema, com a dedicação que ele merece, aprendi algumas coisas que podem ajudar.
1 - Conte o que aconteceu, de acordo com a idade da criança , use palavras fáceis de entender e, como diria minha mãe, faça como na história do gato - "O gato subiu no muro, pulou no telhado, o telhado era alto, o gato escorregou, caiu, se machucou, ficou doente, morreu" - ou seja, explique devagar, sem dar a notícia diretamente, para não assustar e também não enrole muito. Mas não oculte o ocorrido porque é importante que a criança saiba que a outra pessoa não saiu da sua vida por opção.
2- Não esconda o seu sentimento, se é dolorido não há problema em chorar junto com a criança, assim ela aprende que não é feio sentir falta ou sofrer por quem amamos. Perder não é fácil, e a morte  nos confronta com a dificuldade de lidar com a fragilidade humana, se tratando da perda de uma criança então...
3- A morte é a nossa companhia ao longo da vida, a única certeza que podemos ter. É um tema difícil e doloroso, trata-lo exige equilíbrio pois assim como a criança precisa entender a perda, também precisa valorizar a vida e, portanto, não pode aceitar a morte com naturalidade e sem um determinado grau de sofrimento.
4 - Crianças alternam períodos em que não diferenciam fantasia e realidade 9até mais ou menos 4 anos), logo, assimilar um conceito tão abstrato como a morte e a perda demanda tempo e amadurecimento. Não se apavore se a criança voltar a falar da pessoa como se ela ainda estivesse presente.
5 -  O luto é uma experiência única para cada indivíduo, lidar com a perda e conseguir aceitar pode demorar mais para umas pessoas do eu para outras. Negação, silêncio, choro, medos e inseguranças podem surgir neste período, sendo que a criança precisa ser amparada e protegida para lidar com estes sentimentos.
6- Para algumas crenças, o ritual de sepultamento envolve a despedida, o último adeus e um momento onde familiares e amigos podem estar junto, compartilhando do mesmo sentimento. Portanto, muitos psicólogos, aconselham que pais levem os filhos ao funeral, mas acredito que isto deve ser  uma leitura particular de cada família.
"A dor é suportável quando conseguimos acreditar que ela terá um fim e não quando fingimos
que ela não existe." Allá Bozarth-Campbell